domingo, 29 de maio de 2011

A ingratidão me acompanha

A ingratidão te acompanha?

Trago aqui três pensamentos que gostaria de compartilhar e comentar:

1) "A ingratidão é um direito do qual não se deve fazer uso." - Machado de Assis.

2) "A ingratidão é filha da soberba." - Miguel Cervantes.

3) "A ingratidão é sempre uma forma de fraqueza. Nunca vi homens hábeis serem ingratos." -Johann Goethe.

Assim como Machado de Assis, eu reconheço que ser ingrato é um direito que qualquer pessoa possui, respeito, mas, pessoalmente, não faço uso. Vejo mesmo como Miguel de Cervantes, por trás da ingratidão há sempre a soberba e sinto dó de quem se encontra mergulhado na cegueira da arrogância, é lamentável! Sinto dó, pois como muito bem explica Goethe, a ingratidão é típica dos fracos.

Isso tudo, meus amigos, não significa a frustração de um grato retorno pelo bem que fazemos, mas uma constatação do quanto há tristeza no coração dos homens, por isso os ingratos são arrogantes e fracos e mais uma vez eu te digo, isso é lamentável!

Fazer o bem seja lá a quem for, é um prazer, que como já lhe disse em outra questão, um prazer que é natural e inevitável. Quando acontece a gratidão, esse prazer se apresenta com cores ainda mais vivas, não porque simplesmente foi valorizado, mas porque alcançou seu objetivo, qual seja: A partilha da alegria do bem.

Obs. 1: Vale ressaltar que fazer o bem não pode ser confundido com agir para alimentar o ego, neste caso, o bem é apenas ilusório;

Obs. 2: O bem a ser semeado não pode ser sobras do que temos, não é aquilo que é doado porque não nos fará falta. Esse bem é intrínseco em nós, é parte de nós, doamo-nos com esse bem!

Eu vou te dar um exemplo, um ilustre homem há muito tempo esteve em uma cidade e ofereceu seu primoroso trabalho, ninguém deu a ele o devido valor, sendo este até perseguido por pessoas que o invejavam, cansado de empenhar esforços em vão, partiu para outra localidade e lá pode construir um belíssimo trabalho. Quem ficou no prejuízo? Não há dúvidas de que a ingratidão é um atraso! Uma grande lástima!

Ainda que o verdadeiro ato de bondade seja livre de interesses, há festa no coração daqueles que sentiram a satisfação de ter cumprido algo que fez bem não apenas a si, mas a outros. De todo modo, havendo ou não tal retorno, não há nenhuma amargura de quem puramente proporcionou algo digno de ser reconhecido, embora a tristeza seja algo legítimo de acontecer quando há ingratidão.

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