sábado, 12 de julho de 2008

Bela canção

Devaneio- Jorge Vercillo

Mergulhei no mar
E não dava pé
Me apaixonei
Mas não sei por quem
Sonho com alguém
Que você não é
Eu me entreguei demais
Eu imaginei demais
E o silêncio fala mais que a traição
Foi um devaneio meu
Um veraneio seu
E um outono inteiro em minhas mãos
Vi um sol nascer
Pelos olhos seus
Me deixei levar
Eu não refleti
Que era a luz dos meus
Refletida em ti
Eu me entreguei demais
Eu imaginei demais
E o silêncio fala mais que a traição
Foi um devaneio meu
Um veraneio seu
E um outono inteiro em minhas mãos


segunda-feira, 7 de julho de 2008

Até quando choraremos por nossos filhos?

Pode ser um assunto falado por muita gente e muitos meios de comunicação,mas não posso me calar!Já dizia Luther King:"O que me preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem-caráter, nem dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons". Se a violência não nos atinge,ficamos na 'segurança' do nosso lar,achando que só acontece com os outros,que nada temos a ver com isso! Falar não adianta,mas é um desabafo!Quem sabe nossa fala se espalha e chega a quem de direito,quem sabe se todos conversarem a respeito,se promovermos debates em nossos pequenos mundos,aos pouquinhos as coisas mudem ou melhorem.A dor de perder um filho é inimaginável,ainda mais se essa perda for cometida pelas pessoas supostamente responsáveis pela segurança deles,como é o caso da polícia. Quem vê noticiário,ouve rádio,lê jornal,sabe que falo de inúmeras mortes ,de jovens e crianças,causadas por despreparo,precipitação,irresponsabilidade e até preconceito dos policiais brasileiros.Até quando veremos vidas sendo ceifadas dessa forma,destruindo famílias,trazendo desespero e insegurança?Até quando veremos mães e pais desesperados porque seus filhos foram brutalmente arrancados do seio da família?Até quando nos calaremos?
“Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor do nosso jardim. e não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão e não dizemos nada. Até que, um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. e, porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada” (vladimir c. maiakovski – 1893-1930). "

sexta-feira, 4 de julho de 2008

60 anos sem Monteiro Lobato: o patrono do imaginário infantil





Hoje (4), o Brasil e o mundo literário relembram a data que marca os 60 anos de morte de um dos mais importantes - se não o mais importante - escritores infanto-juvenis brasileiros e da América Latina. Trata-se de José Bento Renato Monteiro Lobato - ou simplesmente o jornalista, crítico de arte, ensaísta e polêmico Monteiro Lobato, cuja vida e obra ainda hoje servem de inspiração e exemplo para milhares de crianças, jovens e adultos.
Em pesquisa divulgada recentemente (Retratos da Leitura no Brasil), Monteiro Lobato foi apontado como o escritor mais lido do Brasil. Nacionalista convicto, o autor centrou a sua obra em personagens ligados à cultura brasileira, principalmente ao campo onde nascera e fora criado, misturados ao folclore brasileiro. Muitos deles de grande sucesso como Jeca Tatu, o Saci, Narizinho, Dona Benta, Tia Nastácia, Emília e o Visconde de Sabugosa.
Jeca Tatu ganhou vida em 1917, a partir da indignação de Lobato com os constantes enfrentamentos com os cablocos da fazenda onde morava e dirigia. Preguiçoso e totalmente diferente dos caipiras idealizados pela literatura da época, Jeca Tatu gerou muita polêmica, por ser um personagem símbolo do atraso e da miséria que representava o campo no Brasil.
Mas foi por meio da série Sítio do Picapau Amarelo - um lugar no interior do Brasil e onde se passaram muitas das suas histórias infantis - que Lobato se consagrou no consciente das gerações que cresceram sob a influência da sua literatura. A primeira obra da série, A Menina do Narizinho Arrebitado ,foi publicada em 1920 e, a partir daí, outras tantos livros infantis de sucesso surgiram tendo como centro os personagens que viviam as histórias mágicas.


Fonte: Folha de Pernambuco

Lembranças


Terça-feira,1/7/08,estive no Teatro de Santa Izabel(Recife-PE),com algumas irmãs e sobrinhos,para a abertura de um Festival de Danças. O espetáculo era: AVESSO DO PASSO,Uma homenagem ao Frevo,ao Recife,ao seu povo,aos seus costumes e valores sócio-culturais,concebido,dirigido e coreografado por,minha irmã,Célia Meira.Elenco formado por alunos da Escola de Frevo do Recife. Foi lindo ver alunos de uma comunidade carente demonstrarem talento,garra,competência,no decorrer de uma hora e meia de frevo,figurino colorido e criativo. Além dos anônimos ,iguais a mim,figuras conhecidas como Claudionor Germano,Marcelo Melo(Quinteto Violado),Carlinhos de Jesus e João Paulo(Prefeito do Recife).Além do orgulho pelo trabalho da minha irmã,foram horas de saudosismo,o cheiro do teatro,as cortinas,os camarotes... tudo isso me fez voltar à adolescência,especificamente o período entre 12 e 15 anos,quando integrei o Balé Popular do Recife.Nessa época eu "vivia" no Teatro,passava horas ensaiando,fora os espetáculos que ia ver!Percorria todo o teatro:escadas,coxias,camarins,palco... Minha irmã Cláudia (a caçula que ia pra ver)lembrou que na época corriam boatos sobre fantasmas por lá e as crianças tinham medo,não me lembro disso.Minhas lembranças são de liberdade,alegria,ensaiávamos muito,às vezes até bem tarde,Célia também participava do Balé e nossos pais sempre estavam presentes,inclusive nas viagens que fazíamos... Quantas lembranças... lembranças de um tempo que não volta mais...mas que ficou gravado para sempre em nossos corações e vive em nosso imaginário.