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domingo, 29 de maio de 2011

Feiúra, beleza e gratidão

Feiúra, beleza e gratidão

Categoria: ciencia e sociedade
Escrito em Março 8, 2010 8:03 AM, por Fernanda Poletto
Há um tempo li (ou melhor, me deleitei com) Ensaio sobre a Feiúra, do italiano Umberto Eco. É curioso pensar que o bizarro e o feio podem ser fascinantes. E acaba sendo inevitável concluir que a beleza e o prazer que ela evoca podem ser encontrados nos lugares mais improváveis. Talvez soe estranho ao leitor leigo, mas há muita beleza na vida de um cientista - mesmo em equações matemáticas intrincadas, seres vivos repulsivos e reações químicas fedorentas. Às vezes, colegas de laboratório comentam comigo sobre alguns de seus resultados e as conclusões obtidas a partir deles. Quando todos os dados se encaixam harmoniosamente numa teoria, não consigo evitar que escape um "- puxa, que bonito...". A fascinação causada por uma descoberta científica, por menor que seja, deve ser muito semelhante ao prazer de descobrir o mundo, típico de uma criança nos seus primeiros anos de vida. Sem dúvida, isso é um privilégio.
Se eu tivesse nascido algumas gerações atrás, participar do mundo acadêmico seria um sonho praticamente impossível de ser realizado. Por isso, nesse Dia Internacional da Mulher, eu gostaria de agradecer àquelas mulheres que, direta ou indiretamente, contribuíram para que eu e tantas outras pudéssemos trilhar esse caminho, sejam elas famosas e reconhecidas como Marie Curie, injustiçadas (ainda!) como Rosalind Franklin, brasileiras de coração comoJohanna Döbereiner ou aquelas tantas anônimas ao redor do mundo que fazem a diferença onde estão. Entre elas, Denise Sain Poletto, minha mãe, que me ensinou que mulheres são tão capazes quanto homens (nunca acredite quando disserem o contrário para você). Porque, como já citei antes aqui neste blog, "mulher é desdobrável". Nós somos. 
"A objeção que eu fazia a mim mesma era não ser o ensino profissão de mulher, que ela deve permanecer calada, escutar e aprender, sem demonstrar o que sabe, que publicar uma obra está por cima de sua condição; que habitualmente isso não contribui à sua boa reputação, pois os homens desprezam e desaprovam sempre o produto da mente feminina... Estava persuadida, por outro lado, de não ser a primeira a pôr alguma coisa no prelo, que a mente não tem sexo, que se a das mulheres fosse cultivada como a dos homens e se se empregassem tanto tempo e meios em instruí-las poderiam igualá-los."

Marie Meurdrac (química francesa do século XVII, ao contar sobre as dúvidas e angústias que precederam a decisão de publicar seus achados científicos - os primeiros escritos por uma química mulher na história)
http://scienceblogs.com.br/bala_magica/2010/03/feiura_beleza_e_gratidao.php?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+bala-magica+%28Bala+M%C3%A1gica%29

terça-feira, 8 de março de 2011

Parabéns ao forte sexo frágil!


Como joia rara
Que precisa ser lapidada
Como a chama que precisa
De combustível
E o palhaço de nascer sensível
Como histórias que precisam
De uma fada
Sou uma mulher
Preciso ser amada
Como uma criança
Que precisa ser mimada
Como a fama que precisa
De um artista
E o herói de uma grande conquista
Como joia que precisa ser notada
Sou uma mulher
Preciso ser amada

sexta-feira, 7 de maio de 2010

QUE MÃE É ESSA??



Tem bicho mais estranho do que mãe?
Mãe é alma contraditória.
É alegria no choro.
É carinho na raiva.
É o sim no não.
Só mãe mesmo pra ser o oposto...
E depois o contrário de novo.
Vai ver que é porque filho não vem com manual de instrução. e pra conduzir as crias no mundo, ela usa só de intuição, pra tentar fazer tudo direito.
Mas como pode ser assim, tão incoerente?
Ela diz:
Filho, você não come nada...
E logo se contradiz:
Para de comer, que eu estou botando o jantar!
E aí ela lamenta:
Ai, que eu não vejo a hora desse menino crescer!
Mas logo se arrepende:
Deixa que eu faço, você ainda é uma criança...
E quando ela manda:
Tira essa roupa quente, menina!
E logo em seguida:
Veste o casaco, quer pegar um resfriado?
Esse menino dorme demais...
Esse menino não descansa...
Essa menina vive na rua!...
Filha, sai um pouquinho, vai pegar um sol...
Pois é, gente, que pessoa é essa que jura que nunca mais...
E no momento seguinte promete que vai ser pra sempre?
Essa pessoa é assim mesmo:
Igual e diferente de tudo o que a gente já viu.
É a fortaleza que aguenta o tranco, só pra não ver o filho chorar.
É o sorriso de orgulho escondido, só pra não se revelar.
Mãe dá uma canseira na gente.
E às vezes tira do sério...
Até que um dia a gente se depara com uma ausência insuportável:
É a mãe que vai embora, deixando um vazio enorme, escuro, silencioso.
E aí descobre que, mesmo errando, ela sabia de tudo, desde o início.
E fez de tudo pra acertar.
Porque criar filho não tem regra - é doação e amor simplesmente.
Então, se você tiver privilégio de abraçar sua mãe nesse segundo domingo de maio, agradeça, porque o presente é seu. E esteja certo:
Mesmo sem manual de instrução, ela continua aí, atrapalhada, contraditória...
Mas com o olhar atento, querendo entender como você funciona.
E fazendo de tudo pra você não falhar.

Texto de Lena Gino.

Feliz dia das Mães!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Toda Mulher



Toda mulher
Tem no seu íntimo uma magia própria
De fazer acontecer
De dar um jeito
De dar o peito
Dar um colo
Fazer bem feito.
Toda mulher traz na alma a força dos ventos
O fascínio de um cavalo selvagem
A sensibilidade de uma flor
Que sente, pressente, intui
Se abre no momento certo
E exala seu perfume.
Ela galopa contra o vento
Enfrenta tormentas
Carrega consigo suas mágoas
E as dissipa no ar.
Tem a alma leve
Apaixonada
Não abandona o que acredita por nada.
Tem medo, Tem asas
Preza sua liberdade
Divide com aquele que acredita
Sua vida, seus sonhos, seu amor e sua alma.
Carolina Salcides

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Mulheres possíveis



'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado duas vezes por semana, decido o cardápio das refeições, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas!E, entre uma coisa e outra, leio livros.Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.Primeiro: a dizer NÃO.Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.Culpa por nada, aliás.Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.Você não é Nossa Senhora.Você é, humildemente, uma mulher.E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável...É ter tempo.Tempo para fazer nada.Tempo para fazer tudo.Tempo para dançar sozinha na sala.Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.Tempo para sumir dois dias com seu amor.Três dias.Cinco dias!Tempo para uma massagem.Tempo para ver a novela.Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.Tempo para fazer um trabalho voluntário.Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.Tempo para conhecer outras pessoas.Voltar a estudar.Para engravidar.Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.Existir, a que será que se destina?Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir...Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.Desacelerar tem um custo.Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'.



Martha Medeiros - Jornalista e escritora

sexta-feira, 7 de março de 2008

DIA INTERNACIONAL DA MULHER


A verdadeira história da mulher

Conta uma lenda que, no princípio do mundo, quando Deus decidiu criar a mulher, viu que havia esgotado todos os materiais para fazer o homem e não tinha do que dispor.Diante deste dilema e depois de uma profunda meditação, fez isso: Pegou a forma arredondada da lua, As suaves curvas das ondas, A terna aderência das bromélias, O trêmulo movimento das folhas, A forma esbelta da palmeira, A nuance delicada das flores, O amoroso olhar do cervo, A alegria do raio de sol e as gotas do choro das nuvens, A inconstância do vento e a fidelidade do cão, E a vaidade do pavão, A suavidade da pena do cisne e a dureza do diamante, A doçura da pomba e a crueldade do tigre, O ardor do fogo e a frieza da neve. Misturou ingredientes tão diferentes, formou a mulher!!! E deu ao homem!!! Depois de uma semana veio o homem e lhe disse: - Senhor, a criatura que você deu me faz desgostoso, quer toda minha atenção, nunca me deixa sozinho, fala sem parar, chora sem motivo, se diverte em me fazer sofrer, venho a devolvê-la porque não posso viver com ela. - Bem..., respondeu Deus e pegou a mulher. Uma semana se passou e o homem voltou e lhe disse: - Senhor, me encontro muito sozinho desde que eu devolvi a criatura que fizeste para mim, ela cantava e brincava ao meu lado, me olhava com ternura e o seu olhar era uma carícia, ria e seu riso era música, era bonito de se ver e suave ao tato. Devolva-me! Não posso viver sem a mulher!

DIA INTERNACIONAL DA MULHER


Origem do Dia Internacional da Mulher

No dia 8 de março de 1857, operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve ocupando a fábrica, como reinvidicação pela diminuição da carga horária diária de trabalho, de 16h para 10h. Estas operárias - que recebiam menos de um terço do salário dos homens - foram fechadas na fábrica onde iniciou-se um incêndio. Cerca de 130 mulheres morreram queimadas.
Em 1903, profissionais liberais norte-americanas criaram a Women's Trade Union League, associação que tinha como principal objetivo ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho. Cinco anos depois, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque protestando pelo mesmo motivo das operárias no ano de 1857, além de reinvidicarem o direito de voto.
Caminhavam sob o slogan Pão e Rosas, em que o pão simbolizava a estabilidade econômica e as rosas uma melhor qualidade de vida.
Na Conferência Internacional de Mulheres realizada na Dinamarca em 1910, ficou decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de março como Dia Internacional da Mulher. Esta data, porém, só foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas em 1975.