quarta-feira, 29 de abril de 2009



RESILIÊNCIA
Leonardo Soares Grapeia
leonardo@agenegocios.com.br
http://www.agenegocios.com.br/



Resiliência é a capacidade concreta de retornar ao estado natural de excelência, superando uma situação critica.
Segundo dicionário Aurélio, "é a propriedade pela qual a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora de tal de formação elástica”.
“ É A ARTE DE TRANSFORMAR TODA ENERGIA DE UM PROBLEMA EM UMA SOLUÇÃO CRIATIVA” GRAPEIA/2004.

Resiliência surgiu na física e significa a capacidade humana de superar tudo, tirando proveito dos sofrimentos, inerentes às dificuldades, é trabalhado em todas as áreas como saúde, finanças, indústria, sociologia, e psicologia. Embora seja um assunto muito recente entre nós, já é trabalhado há anos, na América do Norte, com sucesso. O estresse profissional é uma realidade observada hoje nas mais diferentes áreas e setores do mercado de trabalho, diferentemente do que muitos imaginam, não está restrito apenas para profissionais que exercem altos cargos em grandes empresas. O problema está presente nos mais distintos níveis hierárquicos, em empresas de todos os portes, isso se intensifica à medida que se aumentam cobrança, pressão etc. Neste mundo globalizado um grande diferencial representa a pessoa resiliente, pois o mercado procura profissionais que saibam trabalhar com altos níveis de cobrança. Esses profissionais recuperam-se e moldam-se a cada “deformação” (obstáculo) situacional.O equilíbrio humano é como a estrutura de um prédio. Se a pressão for maior que a resistência aparecerão rachaduras, como doenças psicossomáticas que se manifestam nos indivíduos que não possuem esta característica, ex: gastrite, entre outras.O ser humano resiliente desenvolve a capacidade de recuperar–se e moldar–se novamente a cada obstáculo e a cada desafio. Quando mais resiliente for o indivíduo maior será o desenvolvimento pessoal, isso torna uma pessoa mais motivada e com capacidade de contornar situações que apresentem maior grau de tensão. Um indivíduo submetido a situações de estresse que tem a capacidade de superá-las sem lesões mais severas (“rachaduras”) é um resiliente. Já o profissional que não possui este perfil é o chamado "homem de vidro", que se "quebra" ao ser submetido às pressões e situações estressantes. A idéia de resiliência pode ser comparada às modificações da forma de uma bexiga parcialmente inflada. Se comprimida, pode adquirir as formas mais diversas e em seguida retorna ao estado inicial. Existe dois tipos de indivíduos: aqueles que nascem e os que se tornam resilientes. Todos nós podemos nos tornar resilientes.
Seguem algumas dicas:
• Mentalizar seu projeto de vida, mesmo que não possa ser colocado em prática imediatamente. Sonhar com seu projeto é confortante e reduz a ansiedade
• Aprender e adotar métodos práticos de relaxamento e meditação
• Praticar esporte para aumentar o ânimo e a disposição. Os exercícios aumentam endorfinas e testosterona que, consequentemente, proporcionam sensação de bem-estar
• Procurar manter o lar em harmonia, pois este é o "ponto de apoio para recuperar-se"
• Aproveitar parte do tempo para ampliar os conhecimentos, pois isso aumenta a autoconfiança
• Transformar-se em um otimista incurável, visualizando sempre um futuro bom
• Assumir riscos (ter coragem)
• Tornar-se um "sobrevivente" repleto de recursos no mercado profissional
• Apurar o senso de humor (desarmar os pessimistas)
• Separar bem quem você é e o que faz
• Usar a criatividade para quebrar a rotina
• Examinar-se sobre a sua relação com o dinheiro
• Permitir-se sentir dor, recuar e, às vezes, enfraquecer para em seguida retornar ao estado original .
A resiliência consiste no equilíbrio entre a tensão e a habilidade de lutar, de atingir outro nível de consciência, que nos traz uma mudança de comportamento e a capacidade de lidar com os obstáculos da vida e do profissional.

NOTA DE BETE: Gente ,descobri que sou RESILIENTE!!! Kkkkkkkk... Muito legal isso! Sempre brinquei falando que sou uma FÊNIX, acredito mesmo nisso e lendo esse artigo percebi que a resiliência também faz parte das minhas características!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Hospital desenvolve cardápio contra o câncer

O Portal de Notícias da Globo
20/04/09 - 14h45 - Atualizado em 23/04/09 - 11h21




Se você souber combinar bem os alimentos e fizer várias refeições ao dia com certeza poderá reduzir o risco de desenvolver vários tipos de câncer

Foi com base nesse raciocínio que um hospital de Jaú, no interior de São Paulo, montou um cardápio saudável para a gente seguir a semana inteira. No buffet do restaurante sobram opções de saladas e de pratos com legumes, mas na churrascaria todas as atenções estão voltadas para os espetos. "Como bom catarinense um churrasquinho sempre tem sua hora", diz João Della Bruna, empresário. ”Eu não consigo parar de comer carne", comenta Edmilson Machado, cantor. “Legume e salada gosto, gosto bastante, não como, mas eu gosto", declara Arnaldo Moraes, cantor. A carne vermelha ainda é a preferência nacional. Mas o consumo dela em excesso pode trazer problemas cardiovasculares, dizem os especialistas. A gordura de origem animal se acumula nas paredes de artérias e de veias, causando infartes e derrames. Prevenir doenças com a mudança de hábitos alimentares. Foi com esse objetivo que o instituto do câncer do estado de São Paulo elaborou um cardápio balanceado para uma semana. Se ele for adotado, junto com atividades físicas, por exemplo, é possível segundo os médicos, diminuir em até 30% a incidência em alguns tipos de câncer. O hospital Amaral Carvalho em Jaú, no interior paulista é referência nacional em tratamento de câncer pelo SUS. Duzentos e vinte pacientes já se beneficiaram com as mudanças no cardápio. "Basicamente a preocupação maior é aumentar o consumo de vegetais que são as frutas, hortaliças e as fibras por causa de alguns componentes", declara Rita de Andrade Budin, médica especialista em nutrição. Brócolis, couve e repolho previnem o câncer de mama. O ideal, orientam os nutricionistas, é que sejam consumidos crus, ou pouco cozidos para que não percam as propriedades. "Liberam glicozinolato que é essa substância anti-oxidante e que previne o câncer", explica Thais Ramos Oliveira, nutricionista. Temperos usados no dia-a-dia dos brasileiros também são fontes de prevenção de tumores. Os nutricionista recomendam até um dente de alho por dia na alimentação. Ele tem também efeito anti-inflamatório, antifúngico e antibacteriano. A ingestão de aveia contribui para a regulação do trânsito intestinal e prevenção do câncer de intestino. O chá verde, rico em polifenóis previne tumores malignos principalmente o de estômago. O tomate é outro ingrediente que deve fazer parte da refeição semanal, mas há um detalhe. Ele deve ser consumido em molho. Só com o aquecimento, o tomate libera substâncias anticancerígenas. "Ele libera o lipoceno que é importante, que é o antioxidante que nós estamos falando, para prevenção principalmente do câncer de próstata", orienta Thais Ramos Oliveira, nutricionista. o ideal é fazer seis refeições ao longo do dia, para que o organismo esteja sempre nutrido de forma balanceada. Com as sugestões do cardápio a família de Adeilson mudou os hábitos alimentares assim que o sogro dele começou a fazer tratamento. "Passa a consumir mais frutas, verduras, legumes, a regrar os horários. Envolve toda a família nessa mudança", revela Adeilson Eugênio, funcionário público. Outra dica dos nutricionista é fazer seis refeições ao dia, com café da manhã, um lanche, almoço, lanche da tarde, um jantar e também a ceia. Isso para que o organismo receba nutrientes durante todo este período.

Cardápio contra o câncer
A combinação dos alimentos, o intervalo das refeições e disciplina ajudam no combate a doenças.Confira o cardápio elaborado num hospital de Jaú (SP) que reduz a incidência de vários tipos de câncer.


Domingo
Café da manhã: café com leite, ovo mexido com tomate e pão francês integral
Lanche da manhã: salada de fruta com iogurte desnatado
Almoço: arroz com cenoura e vagem, feijão, filé de pescada na frigideira ao molho cremoso de requeijão e mostarda, salada de almeirão com pepino, crepe de maçã com canela e suco de caqui com limão
Lanche da tarde: pão com requeijão, leite com achocolatado
Jantar: sanduíche de frango com alface roxa e pêssego,suco de maracujá com laranja e maçã
Lanche da noite: pipoca

Segunda-feira
Café da manhã: leite desnatado batido com uva passa e morango, pão integral e geléia de frutas sem açúcar
Lanche da manhã: mamão com farelo de aveia
Almoço: espaguete com tomate, azeite e soja, berinjelas e abobrinhas ao forno com carne moída e azeitonas, suco de caju e gelatina de morango com pedaços de pêssego.
Lanche da tarde: barrinha de cereais (açúcar mascavo, fibra de trigo, flocos de arroz, sementes de gergelim, aveia)
Jantar: sopa de brócolis com alho e iogurte natural, torradas com queijo branco, manjericão e azeite, uma laranja
Lanche da noite: leite gelado batido com goiaba

Terça-feira

Café da manhã: suco de laranja, pão de fôrma de aveia com requeijão light e peito de peru
Lanche da manhã: chá de camomila com torradas

Almoço: arroz, salada de grão-de-bico com cebola e alho, bife grelhado com molho de manjericão e tomate, mousse de manga e suco de abacaxi com melão e hortelã
Lanche da tarde: iogurte de frutas com biscoitos cream cracker

Jantar: risoto de arroz integral com frango e tomate, salada de cenoura com uvas passas, kiwi e uva picados com creme de leite light
Lanche da noite: leite gelado batido com banana e morango

Quarta-feira
Café da manhã: café com leite desnatado e pão francês com queijo branco
Lanche da manhã: leite com mamão, aveia e mel
Almoço: macarrão com atum ao forno, salada de folhas verdes com trigo cozido, suco de melancia e mousse de morango
Lanche da tarde: frutas com granola (aveia, germe de trigo, coco, nozes)
Jantar: tomate recheado com arroz, filé de frango grelhado, salada de rúcula e ervilhas, suco de limão
Lanche da noite: leite batido com canela em pó

Quinta-feira
Café da manhã: cereal matinal integral com leite desnatado e morango
Lanche da manhã: suco de mamão com goiaba e torrada com requeijão light
Almoço: arroz com brócolis, feijão, panqueca de frango c/milho verde, salada de repolho com beterraba, suco de pêssego e queijo branco com goiabada
Lanche da tarde: barrinha de cereais (açúcar mascavo, fibra de trigo, flocos de arroz, sementes de gergelim, aveia)
Jantar: caldo verde com músculo e crótons de pão de fôrma integral, salada de frutas
Lanche da noite: leite com achocolatado

Sexta-feira
Café da manhã: café com leite desnatado, pão francês com margarina cremosa e queijo minas frescal , mamão papaya
Lanche da manhã: iogurte de frutas
Almoço: sardinhas ao vinagrete (tomate, cebola e cheiro-verde), folhas de endívia (ou couve-manteiga) recheadas com ricota temperada, arroz integral e feijão, suco de uva e pudim de maçã Lanche da tarde: bolo de fubá, chá de erva-doce
Jantar: nhoque de mandioca, salada de alface, agrião, feijão branco e peito de peru, geléia de ameixa com queijo branco
Lanche da noite: leite gelado batido com folhas de hortelã

Sábado
Café da manhã: café com leite desnatado, pão bisnaga com pasta de ricota e orégano

Lanche da manhã: banana com aveia
Almoço: arroz, feijão, omelete de alho-poró com queijo minas, peito de peru, milho e couve-flor, escarola refogada, suco de laranja com acerola e pêra cozida no vinho
Lanche da tarde: torrada integral com geléia de fruta, chá mate gelado
Jantar: pizza de rúcula com requeijão light, tomate, manjericão e azeitona, suco de melão, sobremesa gelada de café
Lanche da noite: granola com iogurte

Dieta, exercícios e sono tranquilo ajudam a emagrecer

Jornal Hoje, 23/04/09 - 15h01 - Atualizado em 23/04/09 - 15h01

Alimentos e exercícios corretos, além de uma boa noite de sono podem ajudar na perda de peso, mesmo enquanto você descansa. Para isso, você precisa saber como funciona o seu metabolismo.
Nenhum tipo de alimento fica de fora do prato de Cláudia. “Se eu sentar pra comer um bolo, ele esteja quente, eu vou comer meio bolo fácil”, Cláudia Bueno, fisioterapeuta. Há anos ela pesa 56 quilos. Um exame mostra que Cláudia tem o metabolismo 20% acima do ideal para a idade e a altura dela. “Eu quero ganhar músculos. Então eu aumentei a ingestão de proteínas por indicação da minha nutricionista”, comenta. Társila se alimenta a cada três horas para acelerar o metabolismo. Foram 15 anos de briga com a balança. "A minha dor era essa porque eu comia igual ou menos que a maioria e não conseguia emagrecer?", conta Társila Lima, administradora. Pelo cálculo baseado em tabelas usadas pela maioria dos nutricionistas, o metabolismo de Tarsila seria 20% abaixo do ideal, mas novos exames mostraram que o índice é maior: 32%. O metabolismo é a quantidade de energia que a gente gasta em todas as atividades durante todo o dia. Cerca de 10% são usados para digerir os alimentos, 20% na movimentação diária e também nos exercícios físicos, os outros 70% correspondem a taxa metabólica basal. É a energia gasta para manter as funções vitais, como respirar, os batimentos do coração, dormir ou relaxar. “Quem quer aumentar o metabolismo, ou seja, gastar, mais energia em repouso a gente indica alguns alimentos. O café, por causa da cafeína, que é um estimulante, o chá verde, frutas como a laranja, o kiwi, a pimenta vermelha, o guaraná em pó, vegetais fibrosos como a mostarda, o brócolis, acelga também”, orienta Caroline Lopes, nutricionista. O gengibre também é termogênico, pode ser misturado em sucos e saladas, mas para obter resultados estes alimentos têm que ser usados com frequência. Com a mudança alimentar e exercícios, Társila já perdeu 30 quilos ainda faltam 15. “Eu sei que eu tenho um objetivo a alcançar e sei por onde passar. Então tudo meu hoje é voltado para acelerar o meu metabolismo”, afirma. Saber com precisão a capacidade de nosso organismo gastar calorias pode ajudar na dieta, como vimos na reportagem. Segundo os endocrinologistas um equipamento é capaz de medir a taxa metabólica.
JH: Doutor Geraldo como é este exame?
Geraldo Santana, endocrinologista: "O paciente precisa estar em repouso e jejum. Durante 10 minutos, a respiração através de um tubo será levada até o equipamento e pela diferença entro equipamento consumido e eliminado, o aparelho consegue deste O paciente respira por um tubo. Os dados vão para um computador calcular a quantidade de calorias que o corpo está queimando naquele momento”.
JH: Em casa o que é possível fazer para quem tem o metabolismo mais lento? Geraldo Santana: Os alimentos ricos em proteína exigem do nosso organismo um esforço muito maior para ser metabolizado, do que os alimentos ricos em carboidratos, então mudanças na alimentação e no conteúdo nutricional podem ajudar neste sentido.
JH: a atividade física também ajuda a acelerar o metabolismo de repouso? Geraldo Santana: A atividade física, principalmente a musculação e o pilates, consegue aumentar a massa muscular, que consome cerca de dez vezes mais calorias do que o tecido gorduroso.
JH: Qual a diferença para o nosso organismo entre a caminhada e a musculação? Geraldo Santana: “Ambos os exercícios gastam calorias, mas a gente sabe que a musculação, por promover um aumento da massa muscular, vai também aumentar o metabolismo de repouso durante todo o dia inclusive durante o sono”.
JH: Com que freqüência estes exercícios devem feitos?
Geraldo Santana: Com a finalidade de aumentar o metabolismo, exercícios como musculação e pilates deveriam ser feitos pelo menos três vezes por semana, com moderação mínima de 30 minutos. E o sono também influencia? Geraldo Santana: Dormir bem também é muito importante porque é durante o sono que é produzido o hormônio do crescimento, um dos responsáveis pela manutenção da massa muscular. Além disso, ele aumenta a queima da gordura abdominal.
JH: E aquelas pessoas que estão engordando e emagrecendo. Isto pode afetar o metabolismo?
Geraldo Santana: Afeta, sim, porque quando a pessoa emagrece ela sempre perde gordura e um pouco de massa muscular. E quando ela voltar a engordar, ela ganha mais gordura do que massa muscular. Quanto mais frequentes esses ciclos, mais massa muscular ela vai perder e mais lento vai ficando o seu metabolismo.

Alimentos com propriedades funcionais podem evitar até câncer; confira receitas

O Portal de Notícias da Globo
16/10/08 - 06h00 - Atualizado em 16/10/08 - 18h06
Comer é bom demais, e não há quem negue, mas que tal unir os prazeres da gula a benefícios para a saúde? É possível e fácil. Muitos alimentos bastante acessíveis são reconhecidos pelos médicos não apenas como aliados da vida saudável, mas também como heróis do combate a doenças. O G1 traz opções de receitas que fazem bem ao paladar e ao seu organismo. “Alimento funcional é aquele que além de conter as funções básicas nutricionais também traz benefícios metabólicos e fisiológicos”, explica a nutricionista Ana Luiza Baldan, que ensina a fazer um prato simples, rápido, saboroso e que protege o coração, combate o envelhecimento e fortalece o sistema de defesa do corpo: o guacamole. É um prato típico do México, que se destaca pelo abacate, seu ingrediente principal.

"O abacate era considerado um vilão, porque possui uma grande quantidade de calorias. Mas isso já caiu por terra. Tem muita gordura, mas é a gordura boa, semelhante à do azeite,” explica a nutricionista. “Ele diminui consideravelmente e previne doenças cardiovasculares. Diminui a concentração de colesterol no sangue, além de possuir vitaminas A e E, que são antioxidantes e combatem os radicais livres, combatendo o envelhecimento. É um alimento superfuncional”, explica.
Outros ingredientes importantes são o tomate, que previne o envelhecimento e também o câncer de próstata, e o limão, rico em vitamina C, que ajuda o sistema imunológico. Ana Luiza Baldan também sugere outros pratos, um para o café-da-manhã, um para o almoço e outro para o jantar, que têm propriedades funcionais. Confira os três e a receita completa do guacamole abaixo.

Lanche: guacamole

Ingredientes: - 2 tomates médios sem sementes - folhas de ½ maço médio de coentro - 1 abacate médio - suco de 1 limão médio - 1 cebola média picada - 3 colheres (sopa) de azeite de oliva - sal a gosto - pimenta calabresa a gosto - tortilla pronta ou salgadinhos de milho para acompanhar - folhas de alface americana

Preparo: Pique o tomate em cubos bem pequenos. Pique as folhas de coentro e reserve. Descasque o abacate, retire o caroço e coloque a polpa num prato fundo. Amasse com um garfo, deixando alguns pedaços e regue com o suco de limão. Adicione o tomate, a pimenta, o coentro, a cebola, o azeite de oliva e misture. Sirva em seguida.
Dicas: Sirva logo depois de pronto, para evitar que o abacate escureça e fique amargo. Caso não possa servir imediatamente, conserve na geladeira com o caroço, que deve ser lavado e seco com toalha de papel.

Café da manhã: pão de aveia com linhaça

Ingredientes: - 1 xícara (chá) de aveia em flocos - 100 g de margarina - ½ xícara (chá) de mel - 1 colher (sopa) de sal - 3 tabletes de fermento biológico - 2 ovos - 5 xícaras (chá) de farinha de trigo , aproximadamente - 3 colheres (sopa) de sementes de linhaça - Manteiga para untar
Preparo: Ferva duas xícaras (chá) de água. Junte a aveia, a margarina, o mel e o sal. Deixe amornar e acrescente o fermento já dissolvido em meia xícara (chá) de água morna. Adicione os ovos, a farinha de trigo e a linhaça, misturando bem. Coloque a massa numa tigela untada com margarina, cubra com filme plástico e deixe dobrar de volume em lugar aquecido (cerca de 30 minutos). Sove a massa com a ponta dos dedos por cerca de 5 minutos para remover o ar. Se necessário, coloque mais farinha, apenas para poder modelar os pães (a consistência da massa deve ser elástica e mole). Divida em duas partes e modele os pães numa superfície bem enfarinhada. Coloque os pães em duas formas untadas, cubra novamente com um pano e deixe crescer até dobrarem de volume (cerca de 40 minutos). Asse em forno médio-alto (200°C), pré-aquecido, por aproximadamente de 40 minutos.
Dica: Pincele margarina e espalhe a aveia em flocos e a linhaça sobre o pão ainda quente, para ficar com os flocos e as sementes bem visíveis. Substituição:
Substitua a semente de linhaça por duas colheres (sopa) de castanha-do-pará picada. Rendimento: - 2 unidades Propriedades nutritivas: Aveia: cereal altamente nutritivo por conter quantidades significativas de vitaminas (principalmente as do complexo B), minerais e fibra solúvel, conhecida como B-glucana. Essa fibra está intimamente ligada a um bom funcionamento intestinal, controle do açúcar no sangue, manutenção e diminuição na absorção de colesterol total e LDL-colesterol, evitando a ocorrência de cardiopatias e também retardando o esvaziamento gástrico (o que resulta em maior saciedade). Linhaça: composta pela vitamina E, antioxidante que contribui para o bom funcionamento celular e, por isso, evita o envelhecimento precoce e as doenças degenerativas; ômega 3 e ômega 6, que garantem a saúde cardiovascular já que ambos atuam na redução do LDL, mau colesterol, responsável pelos danos às artérias; lignana, importante agente natural na reposição hormonal do estrógeno.

Almoço ou jantar: filé de abadejo ao forno
Ingredientes: - 700 g de abadejo cortado em filés - 1 copo de vinho branco seco - 4 colheres (sopa) de azeite de oliva - 1 dente de alho amassado - 1 folha de louro - 1 colher (sopa) de salsinha picada - 1 colher (sopa) de molho de soja - sal a gosto - 4 batatas grandes cozidas, cortadas em rodelas finas - 2 cebolas grandes cortadas em anéis finos - óleo, somente para untar

Preparo: Em um recipiente, misture o vinho, o azeite, o alho, o molho de soja, a salsinha e o sal. Coloque os filés nesse tempero, misture e deixe marinando por duas horas na geladeira. Unte um refratário com óleo, faça uma camada com a metade das batatas e tempere com sal. Cubra com anéis de cebola e coloque os filés temperados. Repita a operação com as batatas e cebolas. Cubra com o tempero. Leve ao forno pré-aquecido (180 ºC) por 40 minutos aproximadamente. Salpique a salsinha e sirva quente.
Dica: Coloque uma gota de óleo e espalhe no refratário com papel-toalha. Assim, você deixa a preparação ainda mais saudável.
Substituição: Substitua as rodelas de cebola por cogumelos frescos lavados e refogados rapidamente na margarina light com sal.
Rendimento: - 6 porções Propriedades nutritivas: O peixe é rico em poderosos nutrientes: cálcio, ótimo mineral para saúde óssea; selênio, substância antioxidante que previne o envelhecimento celular e afasta a incidência de tumores; iodo, essencial para o funcionamento da tireóide, regulando o metabolismo; ômega 3, um ácido graxo monoinsaturado responsável por reduzir o LDL, colesterol ruim, e aumentar o HDL, com colesterol, promovendo uma "faxina" nas artérias.

Almoço ou jantar: hambúrguer de proteína de soja

Ingredientes: - 1 xícara (chá) de proteína de soja - 2 copos de água morna - 1 ovo - sal a gosto - 2 dentes de alho amassados - 7 colheres (sopa) de farinha de trigo - 1 colher (sopa) de salsinha picada - 1/2 xícara (chá) de cebola ralada - 1 colher (café) de orégano - Noz moscada a gosto - Margarina, para untar
Preparo: Hidrate a proteína de soja na água morna, por 20 minutos. Escorra toda a água e esprema bem o excesso para ficar bem seca. Reserve. Misture os demais ingredientes, mexendo bem até que fique uma mistura homogênea. Acrescente à soja. Modele os hambúrgueres e coloque-os em uma assadeira untada com margarina. Leve ao forno para assar por 15 minutos.
Substituição: Troque 7 colheres de sopa de farinha de trigo por: 3 colheres de sopa de arroz cozido + 4 colheres de sopa de farinha de trigo integral Rendimento:

- 5 porções Propriedades nutritivas:

Proteína de soja: disponibilidade de aminoácidos essenciais e boa digestibilidade. Atua na redução dos níveis de colesterol sanguíneo total e o colesterol LDL, inibindo a ocorrência de doenças cardíacas coronarianas, além de ter um impacto no aumento do colesterol bom, o HDL. Possui ainda em sua composição a isoflavona genisteína, responsável por conferir vários benefícios à saúde da mulher, pois alivia sintomas associados à menopausa, ajuda a reduzir o risco de câncer de mama, promove a saúde cardíaca e mantém a saúde dos ossos.

Para que servem os amigos? Para uma vida mais longa


Estudos mostram que pessoas com mais amigos vivem mais.
Ter boas companhias também ajuda a combater depressão.


Tara Parker-Pope
Do 'New York Times'

Na jornada por uma saúde melhor, muitas pessoas se voltam a médicos, livros de auto-ajuda ou suplementos de ervas. Porém, elas ignoram uma poderosa arma capaz de ajudá-las a combater doenças e a depressão, acelerar a recuperação, retardar o envelhecimento, e prolongar a vida: seus amigos.
Recentemente, pesquisadores estão começando a prestar atenção na importância da amizade e das redes sociais para a saúde em geral. Um estudo australiano de 10 anos descobriu que pessoas mais velhas com um grande círculo de amigos tinham uma chance 22% menor de morrer durante o período do estudo, em relação àqueles com menos amigos. Um grande estudo de 2007 mostrou um aumento de quase 60% no risco de obesidade entre pessoas cujos amigos ganhavam peso. No ano passado, pesquisadores de Harvard relataram que laços sociais fortes poderiam promover saúde cerebral conforme envelhecemos.

“No geral, o papel da amizade em nossas vidas não é terrivelmente bem apreciado”, disse Rebecca G. Adams, professora de sociologia da Universidade da Carolina do Sul, em Greensboro. “Há várias expectativas em famílias e no casamento, mas muito pouco na amizade. A amizade tem um impacto mais forte em nosso bem-estar psicológico do que as relações familiares”.

Em um novo livro, "The Girls From Ames: A Story of Women and a 40-Year Friendship" (Gotham), Jeffrey Zaslow conta a história de 11 amigas de infância que se espalharam do Iowa para oito estados distintos. Apesar da distância, a amizade entre elas sobreviveu à faculdade, ao casamento, ao divórcio, e a outras crises, incluindo a morte de uma das mulheres antes dos 30 anos.

Usando livros de anotações, álbuns de fotos e as memórias das próprias mulheres, Zaslow narra como a amizade moldou suas vidas e continua a sustentá-las. O papel da amizade na saúde e no bem-estar é evidente em praticamente todos os capítulos.

Duas das amigas souberam recentemente ter câncer de mama. Kelly Zwagerman, hoje uma professora de colegial moradora da cidade de Northfield, Minnesota, disse que ao receber seu diagnóstico, em 2007, seu médico lhe disse para cercar-se com suas pessoas mais amadas. Ao invés disso, ela buscou suas amigas de infância, embora elas morassem longe.

“As primeiras pessoas a quem contei foram as mulheres de Ames”, disse ela numa entrevista. “Mandei um e-mail para elas. Imediatamente recebi e-mails e telefonemas e mensagens de apoio. Era muito claro que o amor porejava de todas elas”.

Quando ela reclamou que seu tratamento causava muitas dores na garganta, uma menina de Ames lhe enviou um liquidificador e receitas. Outra, que havia perdido uma filha para a leucemia, enviou a Zwagerman um chapéu tricotado a mão, sabendo que sua cabeça ficaria fria sem cabelos; outra enviou pijamas feitos de tecido especial para ajudar a lidar com os suores noturnos.

Zwagerman disse que muitas vezes se sentia mais confortável discutindo sua condição com as amigas do que com seu médico. “Nós temos tantas histórias juntas que essas mulheres falam de qualquer coisa”, disse ela.

Kelly disse ainda que suas amigas de Ames tinham sido fator essencial em seu tratamento e recuperação, e pesquisas sustentam essa percepção. Em 2006, um estudo com quase 3.000 enfermeiras com câncer de mama descobriu que mulheres sem amigos próximos tinham uma probabilidade quatro vezes maior de morrer da doença do que as mulheres com dez ou mais amigos. E notavelmente, a proximidade e a quantidade de contato com um amigo não foram associadas à sobrevivência. Simplesmente ter amigos já era algo protetor.

Bella DePaulo, professora visitante de psicologia na Universidade da Califórnia, em Santa Barbara, cujo trabalho foca pessoas solteiras e amizades, aponta que, em muitos estudos, a amizade tem um efeito ainda maior sobre a saúde do que um cônjuge ou membro da família. Na pesquisa das enfermeiras com câncer de mama, ter um cônjuge não foi associado à sobrevivência.

Enquanto muitos estudos sobre a amizade focam nos intensos relacionamentos entre mulheres, algumas pesquisas mostram que os homens também podem se beneficiar. Em um desses, realizado num período de seis anos com 736 homens suecos de meia-idade, a ligação com uma única pessoa não parecia afetar o risco de ataques cardíacos e doenças coronárias, mas ter amigos, sim. Apenas o cigarro era um fator de risco tão importante quanto a falta de suporte social.

O motivo exato pelo qual a amizade tem um efeito tão grande não está inteiramente claro. Enquanto amigos podem assumir pequenas responsabilidades e buscar remédios para uma pessoa doente, os benefícios vão muito além da assistência física; na verdade, a proximidade não parece ser um fator.

Pode ser que pessoas com fortes laços sociais tenham, também, melhor acesso a serviços e atendimento de saúde. Além disso, entretanto, a amizade claramente possui um profundo efeito psicológico. Pessoas com amizades fortes apresentam menor probabilidade de contrair resfriados, talvez por terem níveis mais baixos de estresse.

No ano passado, pesquisadores acompanharam 34 estudantes da Universidade da Virginia, levando-os à base de uma colina bastante íngreme e equipando-os com pesadas mochilas. Em seguida pediram que os estudantes avaliassem o grau de declive. Alguns participantes ficaram ao lado de amigos durante o exercício, enquanto outros ficaram sozinhos.

Os estudantes que estavam com amigos deram estimativas mais baixas do grau de inclinação da colina e, quanto mais tempo de amizade os participantes tivessem entre si, menos íngreme ela parecia.

“Pessoas com redes de amizades mais fortes se sentem como se houvesse ali alguém para ajudá-las”, disse Karen A. Roberto, diretora do centro de gerontologia da Virginia Tech. “A amizade é um recurso subestimado. A mensagem consistente desses estudos é que amigos tornam sua vida melhor”.


NOTA DE BETE: fiquei muito feliz ao ler essa reportagem, no site do Jornal Hoje, porque sou a "rainha dos amigos",kkkkkkkkkk... conservo carinhosamente minhas amizades, inclusive as de infância. Tenhos amizades que se mantêm há mais de 30 anos, algumas mais de perto, outras de longe, mas o sentimento se mantém intacto. Se depender da presença de amigos, minha vida será longa e saudável!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Câncer sem preconceitos


Capa do dia 29/03/2009 da editoria de Brasil




Câncer avança no país
Mais de 450 mil brasileiros vão receber a notícia de que têm um tumor maligno. O tipo mais comum da doença é o de pele não melanoma
Rodrigo Couto // Do Correio Braziliense
Brasília - Neste ano, 466.730 brasileiros receberão o diagnóstico de câncer. A doença, que avança em todo o mundo, deverá atingir 234.870 mulheres e 231.860 homens, segundo a estimativa mais recente do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A taxa de mortalidade dos portadores das chamadas neoplasias malignas está em alta, de acordo com o Ministério da Saúde. De 2000 a 2005, o número de óbitos em cada 100 mil provocados pelos mais variados tipos de câncer cresceu 14,5%, no caso de mulheres; e 11,4%, em relação aos homens. O alto índice de morbidade faz com que os tumores malignos ocupem o segundo lugar no ranking das doenças que mais matam no país, perdendo apenas para as complicações do aparelho circulatório.O tipo de câncer que mais vai afetar os brasileiros neste ano é o de pele não melanoma, com 115.010 incidências previstas. Em seguida, vêm os de próstata (49.530) e de mama (49.400). Entre as mulheres, depois do câncer de mama, o que terá mais ocorrências é o decolo de útero (18.680), e cólon e reto (14.500). Já entre os homens, os cânceres de traqueia, brônquio e pulmão (17.810) serão os de maior incidência, seguidos por estômago (14.080), cólon e reto (12.490), e cavidade oral (10.380).Para calcular a estimativa de novos casos, o Inca utiliza o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde e os registros de base populacional, passados pelos municípios. Como somente 20 cidades brasileiras abastecem o banco de dados, não é possível fechar números concretos de incidência, apenas estimativas. Já a mortalidade é comprovada pelos atestados de óbito.Longevidade - De acordo com o oncologista Ricardo Caponero, do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos, de São Paulo, o aumento no número de casos está relacionado à longevidade da população, cada vez maior. Como um dos fatores de risco do câncer é a idade do paciente - quanto mais velho, maior a probabilidade -, é natural que a incidência cresça. "Para se ter uma ideia, calcula-se que, em todo o mundo,haverá o dobro de casos em 2023", diz. Caponero também explica que a cura de outras doenças que antes eram fatais, como a pneumonia, ajuda a elevar as estatísticas de câncer. O médico alerta que a doença também tem como causas a pré-disposição genética e a exposição ambiental a fatores como cigarro e poluição. Embora mudanças de hábitos possam ajudar a combater o aparecimento das neoplasias malignas, a medicina não conseguiu prevenir o surgimento do câncer.O diagnóstico precoce, um aliado na luta contra a doença, ainda é um problema no Brasil. De acordo com Caponero, o tempo médio de espera para o resultado de uma biópsia feita pelo Sistema Único de Saúde é de um mês. E, quando se trata de câncer, cada minuto é importante para o paciente. A rapidez no diagnóstico é fundamental para se chegar à cura da doença.Cautela - O oncologista do Hospital Sírio-Libanês Celso Massumoto observa que é preciso cuidado ao se falar na cura da doença. De acordo com ele, o acompanhamento do paciente deve ser permanente, paraevitar que o tumor sofra metástases e se torne reincidente, como o câncer do vice-presidente da República, José Alencar, que, desde 1997, já fez oito cirurgias para retirada de tumores malignos. Descoberto em 2006, o câncer na região abdominal foi responsável pelas últimas cinco operações.O equilíbrio emocional e a força de vontade de Alencar, que comoveu o país com suas declarações ao deixar o hospital, são fundamentais para o restabelecimento do paciente. A previsão do Instituto Nacional de Câncer (Inca) para 2009 é de 466.730 novos casos de neoplasias malignas, grupo que reúne os vários tipos da doença. Na maioria das vezes, o tratamento com quimioterapia, radioterapia e novos medicamentos é eficaz, o que reduz consideravelmente a mortalidade. O dado mais recente do Inca mostra que 155.796 pessoas morreram de câncer em 2006.



O tumor mais temido entre as mulheres
Celso Calheiros // Diario
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O fenômeno não é exclusivo no Brasil. O câncer é cada vez mais frequente nos diagnósticos em todos os recantos do mundo. No estado, os números seguem a nova regra mundial. E a depender do tipo de neoplasia, as perspectivas são mais alarmantes. De acordo com o chefe do setor de Mama do Hospital de Câncer de Pernambuco, Paulo Vicente de Oliveira Lima, 65 anos, o número de mulheres com tumor na mama deve dobrar nos próximos anos.A razão para o crescimento dos casos de câncer de mama está relacionada com os novos hábitos femininos, diferentes da rotina das mulheres de décadas atrás, quando os tumores nas mamas eram mais raros. "Hoje, a mulher participa mais da sociedade, trabalha, demora mais para ser mãe e, por isso, está mais exposta", conta Paulo Vicente.Ao desenvolver uma gestação, as mulheres se protegem do câncer de mama. No entanto, Paulo Vicente lembra que a média de filhos por mulheres na metade do século 20 era de seis. Atualmente,a média de filhos por mulheres é 2,6. A previsão é que tenha apenas um filho. E, como a mulher moderna decide ser mãe mais velha, "o número de diagnósticos vai crescer e a idade média da paciente vai ficar menor", prevê o oncologista. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que o câncer de mama fez parte da rotina médica de 2.010 mulheres em 2008, praticamente o dobro do número de casos no cólo do útero (1.020). O tumor na mama só perde em incidência entre as mulheres para o câncer de pele não melanoma - o mais comum de todos os diagnósticos, independentemente do sexo. No Nordeste, foram mais de 26 mil casos. No Brasil, foram 115 mil.

Avanços - Se com o passar dos anos o câncer passou a ser um diagnóstico mais frequente, os novos tempos também trazem drogas muito mais eficazes no tratamento e equipamentos para possibilitar um diagnóstico preciso e em fase inicial. "As drogas estão muito mais eficientes", comenta Paulo Vicente. Agora, o chefe do setor de Mama do Hospital de Câncer prefere destacar, com ênfase, as novidades em termos de tecnologia, capaz de detectar tumores milimétricos. "Já fiz diagnóstico de tumor com 4mm. Dei o parabéns para a paciente".As felicitações de Paulo Vicente têm razão de ser. "Todos os tumores com menos de 1cm são curáveis, não tiram a mama, não necessitam de quimioterapia". Paulo Vicente vai além. Com a visão do administrador da saúde pública, onde os recursos são sempre insuficientes, ele defende gastos em campanhas pela prevenção e em máquinas capazes de identificar o câncer em seu estágio inicial. "As pacientes que têm seus tumores diagnosticados mais cedo têm um tratamento que representa 25% do que é gasto com o tratamento de tumores em estágio avançado", calcula. Diferentemente do que ensina a experiência dos atendimentos do Hospital de Câncer de Pernambuco, no estado faltam mamógrafos, o principal equipamento capaz de detectar o tumor em estágio inicial. "Mais da metade das mulheres no etado não tem acesso à mamografia - essa é a nossa realidade", atesta o oncologista Paulo Vicente.

Audinete comemora 11 anos de alta, depois de ficar nervosa e assustada. Foto: Cecilia de Sa Pereira/DP/D.A Press

Diante do mal, força para lutar
Audinete Oliveira de Assis tinha 44 anos quando ouviu, pela primeira vez, que tinha câncer de mama, em 1998.
"Fiquei nervosa, assustada, chorei muito". Diante do tumor, não se deu por vencida e procurou outros profissionais. De pelo menos três médicos, ouviu prognósticos rigorosos, que falaram da necessidade de se fazer quimioterapia e, possivelmente, de fazer a mastectomia.Diagnóstico e perspectivas fizeram Audinete se lembrar da sua mãe, que teve um nódulo na mama, foi atendida por mais de três especalistas e fez um longo tratamento. "Acompanhei tudo, sabe, fui de médico a médico, foi difícil", recorda Audinete.A dona de casa foi ao quarto oncologista. Desta vez, mesmo com o diagnóstico inalterado, tomou conhecimento de um tratamento menos agressivo. "Não precisou mexer nas mamas, fiz apenas um quadrante, sequei as axilas e fiz radioterapia", conta, ao lembrar da cirurgia que retirou um quarto da mama e tirou os gânglios linfáticos das axilas.
Morena, Audinete só teve como reação ao tratamento que fez por três meses no Real Hospital Português o escurecimento da sua pele no local onde teve as aplicações, caso comum em tratamentos por radioterapia. Chegou a ouvir sobre a necessidade de fazer quimioterapia, de um mastologista. Foi a hora em que voltou ao seu oncologista. "Ao invés de optar pela quimioterapia, ele quis fazer todos os exames novamente para decidir com segurança". A alta veio logo depois, sem quimio."Hoje me sinto ótima". Audinete diz que faz tudo que sempre fez. Lamenta as limitações para atividades que demandem a força dos braços. "Não posso mais pegar panelas pesadas, não posso carregar bolo. Só o que deixei de fazer".


Roseana é exemplo de superação
Com uma voz mansa e olhar penetrante, algumas vezes sem rumo, a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) falou abertamente ao Correio/Diario em sua casa sobre todos os seus problemas de saúde. Dura na queda, a parlamentar se prepara para a 21ª cirurgia, prevista para o fim do mês. Ela vai tratar um aneurisma cerebral descoberto num exame de rotina em novembro de 2008."Era para ter feito isso logo no Natal e ano-novo, mas não quis deixar minha família preocupada", afirma. A senadora, que tem uma tendência a tumores, viveu seu pior momento em 1998. Naquele ano, ela retirou nódulos do pulmão, dos ovários, útero e trompas e um papiloma na mama direita, além de ter sofrido uma obstrução intestinal grave. Chegou a ser desenganada pelos médicos."Não me entrego nunca. As pessoas que passam dificuldades também deveriam fazer o mesmo", aconselha. Filha do ex-presidente da República e atual presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney (PMDB-AP), Roseana recebeu em 2001 a notícia de que tinha dois carcinomas incito (câncer inicial) em uma das mamas. "Eu sempre tive a sorte de descobrir esses tumores e nódulos em estágio inicial e antes que se transformassem na doença", revela. Por isso, nunca precisou fazer quimioteria e radioterapia. "Mas se fosse necessário, eu enfrentaria tranquilamente", conta. Bem-humorada, a senadora diz que conhece tudo de hospital e dá até algumas dicas. "Nunca saio do hospital nos fins de semana. Porque se ocorre um problema, é difícil encontrar um médico para prestar uma assistência de emergência", ensina.Das 20 cirurgias que Roseana fez, apenas uma foi para fins estéticos. Em 2000, quando operou o joelho, ela se submeteu a uma lipoaspiração interna das coxas e na parte superior da barriga e ainda fez um preenchimento em volta da boca. "Como não podia mexer na parte inferior da barriga, decidi fazer em cima. Pelo menos uma cirurgia para me sentir mais bonita", ironiza.Um dos seus maiores prazeres - o cigarro - foi deixado de lado, por indicação médica, para se preparar para a cirurgia que vai fazer no fim do mês. "Gosto do cigarro e sempre tento negociar com os médicos uma forma de continuar fumando, mesmo que de forma moderada. Mas agora eu quero parar de vez. Para amenizar a vontade, procuro ingerir alimentos gelados, como picolé de limão", conta Roseana, que fixou residência há dois anos em Brasília.

Leite derramado





Chico Buarque investiga mudança da sociedade
Neste quarto romance, compositor segue a tradição do pai, o historiador Sérgio Buarque de Holanda

Autor concentrou-se no processo criativo, despreocupando-se de suas outras artes; a obra chega hoje às livrarias com tratamento de best-seller, duas capas e 70 mil exemplares. Foto: Bruno Veiga/Divulgação

Ubiratan Brasil // Agência Estado
São Paulo - Em janeiro, Chico Buarque de Holanda colocou o ponto final na obra que escrevia desde setembro de 2007 e que hoje chega com tratamento de best-seller às livrarias: Leite derramado (Companhia das Letras, 200 páginas, R$ 36).
história do homem velho que, em um leito do hospital, revisita o próprio passado e, por extensão, a transformação da sociedade brasileira, chega com duas opções de capas e uma fornada inicial de 70 mil exemplares.
Neste quarto romance, Chico Buarque segue a tradição do pai, o sociólogo e historiador Sérgio Buarque de Holanda, cujo clássico Raízes do Brasil descreve o processo de formação da sociedade brasileira como singular e distinto da dos outros países da América Latina. "O curioso é que ele se surpreendeu quando levantei a hipótese de a imprensa relacionar o livro com a obra do pai", comenta o editor Luiz Schwarcz.Há, no entanto, influências sociológicas, literárias e familiares. Criado em um ambiente notadamente intelectual, Chico Buarque gosta de relembrar com amigos a seriedade profissional do pai. "Sérgio sempre dizia que literatura é coisa séria", comenta o compositor que, ao ser premiado com o Jabuti por Estorvo, em 1992, fez questão de receber a estatueta, mesmo debilitado por uma perna quebrada e avesso a cerimônias. "Meu pai também ganhou um Jabuti", orgulhava-se.Chico repetiu sua monástica rotina ao criar Leite derramado, ou seja, concentrou-se no processo, despreocupando-se das outras artes. Dessa vez, foi poucas vezes a seu apartamento em Paris, onde costuma se isolar quando ameaçado por crises criativas. Também pouco compartilhou da escrita com amigos. "Ele quase não fez comentários e só suspeitei de que haveria algum cunho histórico porque ele fez consultas com a Lilia", conta Schwarcz, referindo-se à sua mulher, a antropóloga e professora Lilia Moritz Schwarcz.Quando entregou os originais, Chico já os apresentou atualizados sob as regras da nova ortografia. O nervosismo, porém, era típico de qualquer escritor. "Chico logome disse que, se eu não gostasse, ele poderia recomeçar e mudar tudo, pois estava com a mão boa", relembra Schwarcz. "Como se dedica exclusivamente ao texto quando está escrevendo, ele sofre muito".A avaliação de amigos próximos, assim, transforma-se em informação preciosa. Chico recebeu ótimo retorno dos editores da Companhia das Letras responsáveis pela publicação. Também ficou lisonjeado com as palavras da crítica literária Leyla Perrone-Moisés, que classificou o livro como "obra de um escritor em plena posse de seu talento e de sua linguagem".Não sobraram apenas confetes, no entanto. Rubem Fonseca, por exemplo, notório pela reclusão diante da imprensa, não gostou do título, Leite derramado. Ele também contestara o de outro livro, Estorvo, dizendo que seria melhor se viesse acompanhado do artigo, O estorvo.Segundo Fonseca, o estranhamento agora vem da contradição entre o título inspirado em um ditado popular e a escrita rebuscada do romance. A escolha do título, aliás, foi demorada - surgiu apenas depois de escrita a frase final -, mas despontou como única opção, ao contrário de outras obras, como Benjamim, escolhido entre três possibilidades.O livro chega amparado por uma ampla campanha de marketing, envolvendo mídia impressa, rádio e TV, além de anúncios em livrarias e ônibus. Também um site (www leitederramado.com.br) entra no ar hoje, com vídeo exclusivo com Chico Buarque, agora ansioso pelas críticas.

Edição de sábado, 28 de março de 2009

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Uma escola especial

Crianças com câncer não perdem a chance de continuar aprendendo,mesmo nos momentos mais difíceis

Se qualquer probleminha é um motivo para você faltar à escola, saiba que tem uma galerinha com doenças gravíssimas que luta pela vida e ainda conta as horas para assistir aulas numa salinha bem especial
Juliana Godoy//Especial para o Diario
julianagodoy.pe@diariosassociados.com.br



Maria Ednalda

Com muita vontade de viver e APRENDER



Alisson Sebastião da Silva, 11 anos, está na 2ª série, adora ciências, mas seu forte mesmo é o português. "Adoro ler". Foto: Jaqueline Maia/DP/DA Press

Maria Ednalda da Silva já tem sete anos, mas nunca aprendeu a ler. Ela ainda não frequentou uma escola. Pelo menos não uma como a sua, cheia de salas, com quadra e espaços para brincar. Isso porque Ednalda sofre de uma doença grave, que deixa as pessoas bem fraquinhas e sem poder ir para a sala de aula comum. Para se tratar, ela precisou sair de sua cidade, Caruaru, e vir para o Recife. A escola que ela está hoje não é tão diferente das escolas que vemos por aí. É apenas menor. Na verdade, é mais uma sala de estudos. Tem duas mesinhas, por onde os alunos de séries diferentes se espalham, várias cadeiras com apoio, lápis para colorir e muitos, muitos livros nas prateleiras. Foi lá que a pequena aprendeu como juntar as letrinhas e ver uma palavra se formar. Foi lá também que Maria Ednalda fez muitos amigos, que assim como ela sofrem de câncer - doença que prejudica as células -, mas que querem aprender algo novo a cada dia. Essa escola tão especial fica dentro do Núcleo de Apoio à Criança com Câncer, o Nacc. A equipe do Diarinho foi até lá para conferir de perto como é um dia de estudo na vida dessas crianças. Presenciamos, inclusive, o primeiro dia de aula de alguns desses alunos.Na sala de Maria Ednalda não existe um número fixo de crianças. A cada dia é uma turma diferente. Sempre falta um que ficou mais fraquinho depois do tratamento ou chega alguém novo para iniciar um. "Elas não são obrigadas a vir para a sala por conta do tratamento que fazem. Elas tomam muitos remédios e às vezes ficam cansadas", explica "tia" Cristiane Teixeira, que acompanha a turminha de Ednalda há dois anos. Mas alguns, mesmo indispostos, fazem questão de ir à aula. Eles não querem perder nem um segundo do aprendizado. "Quando eles chegam aqui é com muita vontade de aprender. Eles não querem ficar para trás da turma que deixaram na escola de origem", conta Cristiane. Esse é o caso de Alisson Sebastião da Silva, 11 anos, que veio do interior do estado quando começava a 2ª série. Alisson adora ciências, mas seu forte mesmo é o português. "O que gosto mesmo é de ler e aqui eu posso continuar lendo", afirma Silva. Além de ler, o pequeno aproveita os intervalos para brincar e rir muito com os coleguinhas. Não é porque está doente que ele deixa de ser criança. "A gente se diverte aqui, ganha brindes, visitas de pessoas de fora", conta.Durante as aulas do Nacc a leitura é muito exercitada, mas tem também matemática, ciências, contação de histórias, interpretação de textos e, claro, também a produção deles. Igualzinho a uma escola regular. O que muda é a dificuldade das tarefas, que vai depender da série do aluno. "Procuramos fazer atividades que todos possam realizar, mas também fazemos um acompanhamento mais individual", diz tia Cris. Luana Souza Carvalho, 7 anos, por exemplo, está na primeira série, mas na mesa que ela senta também está Riobis Rhudá, 4 anos, que veio do Rio Grande do Norte com a família para se tratar. Rhudá ainda não conheceu a escola que você conhece, mas no Nacc ele dará seus primeiros passos no aprendizado das letras e dos números. Mas mesmo estando em séries diferentes, isso não impede que Luana aprenda os assuntos da 1ª série. Pelo contrário. Ela ganha conhecimento ajudando os outros coleguinhas. "Aqui a gente brinca e aprende uns com os outros", conta Luana. "Todo mundo da sala sabe tudo sobre o outro. Sabem de onde vêm, do que mais gostam, qual a sua doença e procuram se ajudar quando precisam", afirma Cristiane.Por essa proximidade é que sempre que um vai embora, seja para sempre ou apenas de volta para sua cidade natal, é difícil para todo mundo. Mas quando chega alguém novo é sempre uma festa. No dia em que o Diarinho conheceu essa escola tão especial, José Thiago Caetano de Souza, 9 anos, estava tendo seu primeiro dia de aula lá. Ele estava tão enturmado que nem parecia um novato no meio de todos. "A única diferença que vi para a escola que estudava antes é que lá tem mais gente do que aqui. Fora isso é igual", diz Souza. E é realmente tudo muito parecido. Nas paredes da sala estão alfabetos e sílabas de palavras, enquanto um globo geográfico ocupa um canto, um esqueleto de ciências ocupa o outro. Nas prateleiras muitos livros, hidrocores, lápis de cera e papel. Para quem não está muito disposto para a aula, mas quer estar na sala, as "tias" dão a opção de pintar ou brincar com massinha de modelar.

Êpa, vai passar!

A essa altura você deve estar curiosa para saber o que é câncer. Esta palavrinha pequena representa uma doença muito chata, malvada, que faz as células do corpo doentes se multiplicarem bem "bagunçadas" e muito rápido. Você já pode ter visto isso nas aulas de ciências/biologia ou logo logo verá. Ela prejudica o nosso organismo e o tratamento serve para destruir essas células e ainda impedir que elas continuem crescendo. Se tem alguém na sua família com esta doença ou um amigo, saiba que ela tem cura e que cada dia mais os médicos sabem como fazer isso. O mais importante é acreditar, ter esperança e gostar da vida. Este é um grande e importante remédio. E nada de ter medo, pois ela não é contagiosa (quer dizer, ela não pega não). Ao contrário, os doentes precisam da sua alegria e de muita companhia. (Lúcia Guimarães)

Com o dinheiro do imposto
A escola hospitalar, como é chamada sala de aula, é uma inciativa do governo para que as crianças com doenças mais graves, como o câncer, não parem de estudar nem quando estão internadas ou fazendo tratamentos, já que maioria é do interior do estado. Isso é possível por causa dos impostos que seus pais pagam. É uma das maneiras de se aplicar o dinheiro, na educação. É como no seu prédio - eles pagam o condomínio para ter água, segurança e energia. Mas infelizmente, ainda são poucas as escolas desse tipo. Em Pernambuco, existem apenas duas salas de aulas "especiais". A do Nacc e a do Imip. Qualquer criança, desde que esteja em processo de cura, pode participar das aulas. Basta que os pais autorizem. "Na hora de voltar para a casa tudo o que foi aprendido durante a internação vai contar também na escola regular da criança", explica Cristiane Teixeira.O processo funciona mais ou menos assim: quando a criança é internada, a escola de origem manda toda a grade currícular, os assuntos que aquele aluno estudaria durante o período do tratamento para a professora da educação especial que, no caso do Naac. é Cristiane ou Maria Aparecida Lacerda. "Aí quando um aluno chega faz a Provinha Brasil para medir o nível de aprendizagem que ele está. Na hora de voltar para a escola regular a gente envia todas as tarefas que foram feitas e ele volta a estudar normalmente", explica Cristiane.





Para ensinar nas escolas hospitalares professoras têm que ter mais que conhecimento
Juliana Godoy//Especial para o Diario

julianagodoy.pe@diariosassociados.com.br

Uma tia especial

Tia Cris, como Cristiane Teixeira é chamada dentro da sala de aula, não escolheu o Nacc para trabalhar, mas Tia Cris, como é chamada, adora o que faz e passa com muito amor os conhecimentos aos seus alunos do Nacc. O resultado ela vê nos olhinhos de cada um. Foto: Jaqueline Maia/DP/DA Pressescolheu a educação especial como função. Durante muitos anos ela deu aulas para crianças com deficiências mentais ou com algum tipo de limitação. Mas há dois anos foi chamada para preencher o cargo no Naac. Ela conta que não existe nada mais gratificante do que estar lá. Na verdade, tia Cris representa aqui um universo ainda pequeno - mas importante - de educadores que se dedicam às crianças especiais ou em momentos de vida especiais."Você esquece o mau humor, passa a ser mais tolerante e percebe que seus problemas são muito pequenos perto do que essas crianças passam", afirma. Na sala de aula ela conta que encontra muito amor por parte de seus alunos e que é muito bonito ver a preocupação que um tem com o outro. "Eles se unem na dor e percebem que não são os únicos a enfrentar esses problemas. Mas eles não são menos felizes do que as outras crianças. Pelo contrário. O que eles têm é muita vontade de viver e aprender, porque sempre estão me cobrando tarefas", confessa. Para as crianças que têm oportunidade de ir a uma escola regular tia Cris aconselha a valorizar isso, a aproveitar essa escola. "Essas crianças (com câncer) são um incentivo para as outras verem como é bom aprender. Os meus alunos dão muito valor a isso para não ficarem para trás", aconselha.
Um vencedor
José Antônio Alves não é mais nenhuma criança. Tem 21 anos e um tratamento de câncer para contar. Nascido em Belém de Maria, no interior do estado, José precisou deixar sua escola de origem para fazer o tratamento de sua doença no Recife. A escola ficou para trás, mas não os estudos. Durante o período em que estava internado Alves frequentava a escola hospitalar e não se arrepende da escolha. "Sempre procurei vir às aulas, mesmo quando não estava muito disposto", conta. Apesar de ter atrasado um pouco os estudos, hoje José se prepara para enfrentar o vestibular. A carreira escolhida ele ainda não sabe. Mas está feliz de poder terminar o colégio com a ajuda do Nacc. "Era muito bom chegar na escola da minha cidade, mesmo depois de um tempo, e saber os assuntos como meus colegas de turma. Muitas vezes quando o professor passava a matéria eu já sabia, porque tinha aprendido enquanto estava internado", afirma.

DIARINHO,18/4/09

PAIDRASTOS

Paidrastos: eles educam,dão carinho e são eleitos os grandes amigos dos enteados


José Igor convive com o pai postiço Leandro desde os dois anos e agora ajuda a cuidar do irmãozinho Isaque, de cinco meses. Foto: Henrique Gasper/Divulgação

Afinidades eletivas
Padrastos ganham espaço de protagonistas na vida de enteados nas relações construídas baseadas no respeito, no afeto e na superação de conflitos cotidianos
Pollyanna Diniz //Diário
pollyannadiniz.pe@diariosassociados.com.br

A fotografia pendurada na parede ainda é da família, mas no formato contemporâneo.
No retrato, há espaço para os filhos da esposa, os filhos do marido, os filhos em comum. Os números mais atualizados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comprovam essa realidade já percebida nas casas. Em 2006, o número de casamentos cresceu 6,5% em relação ao ano anterior. As separações também estão mais comuns. No Nordeste, elas aumentaram 5,1%. Mesmo que, muitas vezes, só os casos ruins ganhem projeção nacional (como a história da menina estuprada pelo marido da mãe), a relação entre padrastos e enteados nem sempre é conturbada. Mas deve ser construída com paciência e respeito para não agredir os limites das crianças. O Diario reuniu três histórias de padrastos e enteados que conseguiram compor juntos uma nova relação familiar.

A bola, a chuteira e o time do coração
Foi com "tio" Leandro que José Igor, de 8 anos, aprendeu a jogar futebol. Ganhou a bola, a chuteira, o uniforme do time do coração - o Sport - que passou naturalmente, de padrasto para enteado. "Ele brinca de bola comigo, joga videogame, mas também manda eu fazer o dever de casa", conta o pequeno, que convive com o pai postiço (chamado carinhosamente de tio), desde que tinha dois anos. Paloma Danielle, esposa do operador de máquinas Leandro Luciano Pereira, diz que percebeu que o namorado com quem ela estava se relacionando há poucos dias realmente se importava com ela e com o seu filho quando o menino adoeceu. "Ele teve uma pneumonia aguda. Foi para o balão de oxigênio. Era muito sério. Eu estava começando a namorar, mas ele ficou comigo o tempo todo, querendo saber como Igor estava", relata Paloma. "Tudo o que eu faço, penso no Igor. Levo ao colégio, ao karatê. O tempo que eu estou em casa, estou perto dele. Quando ele tem crise de asma, cuido dele enquanto a mãe descansa", conta o padrasto. Mesmo com o nascimento de Isaque, de apenas 5 meses, a relação entre padrasto e enteado não mudou. "Ainda bem que ele não tem ciúmes do irmão. Até ajuda a cuidar".Como era muito pequeno quando a mãe começou a se relacionar com o padrasto, a ligação entre Leandro e José Igor foi construída de forma natural. "Ele sempre fez parte do cotidiano da criança. Ele o viu crescer e esteve por perto em todos os momentos", diz Paloma.

Conquista da confiança no cotidiano

Renato, 14, considera Marcos Bezerra seu amigo. Foto: Helder Tavares/DP/D.A. Press

A função do padrasto não é substituir o pai, mesmo que esse seja ausente na vida dos filhos.
Essa é a opinião da psicóloga clínica, especialista em terapia de casal e família, Renata Vinhaes. "Ele pode fazer as vezes de um pai, como qualquer outro membro da família pode assumir esse papel, um tio, um avô. E não é regra que essa relação seja conturbada", diz a psicológa. Como, após uma separação, o cenário mais comum ainda é os filhos morarem com a mãe, o padrasto torna-se uma figura de maior importância, porque convive cotidianamente com os enteados. Para os padrastos, a "cartilha" da construção de uma relação de confiança com os enteados começa com sensibilidade para perceber até onde se pode ir. "Esses limites são impostos pela mãe e pelas próprias crianças. É preciso ter paciência para que essas crianças possam se adaptar a uma nova realidade", complementa Renata. Um elemento complicador na relação entre padrastos e enteados é, normalmente, a figura do pai. "Se o pai for ausente, o padrasto é mais requisitado. Mas se o pai está muito presente na vida dos filhos, pode ser ainda mais complicado para que o padrasto conquiste a criança".Neste caso, a mãe é o elo "facilitador" desta relação. Explicando para os filhos que a relação com o pai deles não deu certo, mas que ela tem o direito de ser feliz com outra pessoa. Isso pode parecer simples na teoria, mas a prática revela alguns conflitos. "É a conquista de um espaço no cotidiano, se aproximando das crianças, conversando, deixando que elas interajam de uma forma saudável com o novo integrante da família", finaliza a psicóloga.Relação de adoção de ambos os lados"A minha relação com o meu padrasto é de amigo. Ele me trata bem e eu sei que posso contar com ele. Eu amo o meu pai, mas tenho mais afinidade com Marcos por causa do convívio". O depoimento de Renato Teixeira, de 14 anos, deixa o taxista Marcos Bezerra da Silva emocionado. A relação entre padrasto e enteado foi construída tomando por base uma única palavra: respeito. "Eu sempre deixei claro para ele que não sou o pai. Mas no dia em que ele precisar de mim, tem a certeza que pode contar. A gente sabe que é uma relação de adoção de ambos os lados", conta o padrasto. Marcos é casado com a artesã Maria Raquel de Lima, mãe de Renato, há 10 anos. "No início era difícil porque ele era muito manhoso, qualquer coisa chorava. Tinha cíúmes. A gente evitava se beijar na frente dele. É preciso entender os limites da criança", sugere Marcos Bezerra. "Antes de começar essa relação eu também me coloquei certos limites para que a nossa relação não tivesse problemas. Nunca me senti no direito de bater nele, por exemplo. Na minha filha (está certo que ela é trelosa) eu já dei umas palmadas". Renato não enxerga diferença no tratamento que o padrasto confere à filha, Sara Raiane, de 10 anos. "Ele lida com a minha irmã do mesmo jeito que faz comigo. E a gente precisa de um esporro de vez em quando", assume o adolescente. Com a convivência, a relação de amor e valores foi construída. "Eu amo o meu pai, mas também amo o Marcos. Com ele eu aprendi a ser uma pessoa melhor, uma pessoa honesta".

Padrastos amados e odiados no Orkut


Fernando confessa que Amanda e Alexandre se comportam até melhor quando a mãe está ausente. Foto: Alexandre Gondim/DP/D. A Press.


O amor (ou ódio) aos padrastos alcançou a rede. No Orkut, uma dezena de comunidades reúne enteados que rendem muitos elogios aos maridos das mães ou gostariam de não ter que conviver com o padrasto.
A comunidade Meu padrasto é um paizão congrega 6.490 internautas. "Sou casada há dois anos e meu padrasto que me levou ao altar. Amei, foi lindo. Ele mereceu por tudo que fez por mim!", relata Karla.
Muitas vezes, o amor pelo padrasto guarda uma relação tênue com o abandono do pai biológico, histórias de mágoa e ressentimento. "Amo muito mais meu padrasto que meu próprio pai, apesar de gostar muito do meu pai", tecla Iully, na comunidade Eu amo o meu padrasto, com 5.400 usuários. "Eu não sei quem é meu pai e não sei se tenho vontade de saber... só sei que o cara deve ser imprestável, porque se me abandonou nesse mundo, a mim e a minha mãe, é porque não presta", escreve Alessandra.
No lado oposto, internautas se unem para dizer "como matariam os seus padrastos". "Dando veneno, empurrando da escada. Ou seja, ele morrendo, já tava muito bom", diz a internauta Amanda. "Da forma mais dolorida possível", complementa Victor Hugo. A comunidade Eu odeio meu padrasto tem 2.411 usuários. No padrasto, 811. Nesta última, os orkuteiros se divertem com o jogo "xingue seu padrasto em ordem alfabética".

Jogo de pré-adolescente

Há dois anos, Fernando Ferreira é casado com Luciana Nóbrega. Quando decidiu morar com a amiga de infância, o assistente técnico já sabia que estava ganhando de presente o convívio com dois pré-adolescentes, filhos de um relacionamento anterior da esposa. Amanda, de 12 anos, e Alexandre, 11, brigam entre si o tempo todo. Mas, independente disso, sabem o quanto é importante que a mãe esteja feliz. "A gente não tinha ciúmes dela. Estava vendo ela bem. E o meu pai já estava até noivo, então foi mais fácil", revela Amanda.
Os próprios filhos de Luciana pediam para que o namorado da mãe ficasse mais com eles, dormisse por lá mesmo, quando ele ia visitar a família. "É, a gente pedia pra ele ficar lá", confirma a enteada. "Eu já conhecia Luciana desde criança. Conhecia os meninos. Claro que, no início, foi complicado. É uma pessoa estranha entrando na família deles. Mas eu adoro família e agora eles são a minha família".
Quando estão sozinhos com o padrasto, os dois se comportam direitinho. "É até mais fácil lidar com eles quando a mãe não está. Eles dão menos trabalho. Se é pra chamar atenção, eu só digo uma vez e eles já me entendem". Quando começou o relacionamento com Luciana, Fernando queria ter um bebê com a esposa. Hoje, essa ideia vai ficando mais distante. "Percebi que já peguei a parte boa com os meninos maiores. E eles já estão grandes para que a minha esposa comece tudo de novo. Acho que não me importo mais. Eu já tenho um pouco da experiência da paternidade', diz o padrasto.

O poder mágico da gentileza

Palavras e gestos simples de cuidado com o outro tratam a saúde de quem pratica e o bem-estar coletivo
Ana Braga // Diario
anabraga.pe@diariosassociados.com.br


A veterinária Laurimar Thomé, 35 anos, sorri abraçada junto às crianças assistidas por seu projeto social tocado no bairro do Coque. Foto: Alcione Ferreira/DP/D.A Press
Mesmo com uma rotina de trabalho cansativa, o gari Severino Pereira, 26 anos, consegue ter uma palavra amiga para oferecer a alguém. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D. A Press.

A entrevista começou assim: me contaram que o senhor é um homem gentil. O que o senhor acha disso? Vestido na farda vermelha em brim grosseiro, o gari Severino Gomes Pereira, de 26 anos, respondeu à primeira pergunta com um delicado "obrigado. Mas pelo meu modo de falar, a senhora já vai ver quem eu sou". Desarmada pela cortesia do homem de sorriso fácil, a conversa seguiu. O bate-papo era sobre gentileza, qualidade do ser humano gentil, amável, cortês, elegante, como apontam os dicionários. Qualidade que, quando existe, faz bem à saúde. Física e mental. Individual e coletiva. Mas que, quando falta, pode até adoecer de depressão e pânico quem carece dela. Porque o poder da gentileza é terapêutico. Severino trabalha na comunidade chamada Detran, na Zona Leste do Recife. De tanto que conhece o lugar, age como fosse um guia. Sabe das ruas e becos. Sabe também dos nomes e sobrenomes da maioria dos moradores. Presta atenção nas casas e famílias. "Tanto a comunidade precisa de mim, quanto eu preciso dela", comentou o gari (primeira e única profissão de Severino, há oito anos). "Às vezes, quando eu tenho um problema pessoal e vou trabalhar, falo com as pessoas da comunidade e volto para casa sorrindo. Aí, minha mulher começa a dar um bocado de beijos em mim e eu começo a beijar a minha filha. Um bom dia que eu dou ali termina me ajudando lá na frente, né?", contou Severino, que mora no Morro da Conceição. Para ele, os cumprimento são tão ou mais espontâneos do que o próprio ato de varrer.Palavras, olhares e gestos gentis como os de Severino acontecem espontaneamente. Não surgem de obrigação, imposição, promessa ou penitência. Mas são mantidos com práticas, exercícios. A maioria simples, bem simples. "Fazer coisas ordinárias com um amor extraordinário". A frase da Madre Teresa de Calcutá (1910 a 1997) inspira a veterinária Laurimar Thomé, de 35 anos. "Desde pequena eu presto atenção no outro. Eu estudava em colégio de padre e, quando o frei não servia o café às pessoas do lado de fora do muro, eu ia em casa e dava o café", recordou Laurinha. "Os bichos da rua eu recolhia todos", contou.
E não consegue até hoje. Nem com bicho, nem com gente. Há cinco anos, Laurinha coordena, com a ajuda de um grupo de amigos, o projeto social Eu sou do bem, que acompanha 60 crianças e famílias do Coque, na Ilha Joana Bezerra. "Começou quando um dos meninos de rua que eu conheci, que inclusive já morreu, pediu para eu ver uma bebezinha que tinha feridas por todo o corpo. Eu vi e corri atrás de ajuda de várias pessoas para tratar a menina. A solidariedade foi se espalhando e o grupo não conseguiu mais sair de lá", lembrou a veterinária, disfarçando as lágrimas nos olhos. A bebê se chama Elisa e hoje é uma das 60 crianças do projeto. "Gentileza é uma qualidade que a gente pode aprender e exercitar, fazendo coisas simples. Quem não faz gentilezas é porque é carente disso também", observou.
Saúde - "Eu acho difícil falar das coisas que faço. Mas, se perguntar as gentilezas que já ganhei, eu falo aos montes. Acho que eu tenho um crédito na terra de tanta gentileza que já recebi", brincou. "Acredito piamente que gentileza gera gentileza. É exatamente isso que me fortalece para tudo", afirmou Laurinha. Laurimar tem razão. Ao menos para a medicina, a psicologia e outras ciências que tratam o ser humano. "Quando começamos a estudar o poder da gentileza, focávamos nos ambientes das grandes empresas. O negócio era reduzir custos de despesas médicas e faltas no trabalho. Hoje, a gente sabe que a gentileza e a falta dela merecem uma olhar mais profundo, de sentido para vida", observou o médico Alberto Ogata, presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), que representa no Brasil o Wolrd Kindness Movement (Movimento Mundial da Gentileza). "Há estudos de imunologia que mostram que organismos de pessoas gentis respondem melhor ao estresse, por exemplo. Elas têm mais imunidade", comentou.


Sintomas da modernidade
Gestos e palavras gentis parecem fora do comum, muitas vezes. Como se coubessem somente para super-heróis e loucos. Mas, basta uma pesquisa rápida de internet sobre a história e origem da palavra gentileza, para se chegar a impressão de que essa é uma qualidade que existe no homem comum. E que, sem ela, a humanidade somente resiste. A ideia tem reforço na experiência do psiquiatra, antropólogo e professor-adjunto da Unicap Moab Acioli. "Se a gente procura a etimologia, vai chegar até ao adjetivo gentil, à pessoa que é delicada, amável e cuidadosa com o outro. E vai chegar, principalmente, à ideia de gente. Isso significa pessoas, homem convivendo com homem, humanidade. Sem a gentileza, o ser humano está só", justifica."Eu entendo que a palavra gentileza significa um cuidado que um indivíduo tem pelo outro e que expressa de várias formas, como na compaixão e na solidariedade. Mas, hoje vivemos a pós-modernidade, onde as pessoas estabelecem relações virtuais umas com as outras, seja por aparelhos eletrônicos e pela superficialidade", observa o psiquiatra. "As pessoas dizem que são amigas, mas não o são. Dizem que são amantes, mas são ficantes. Não se tratam com gentileza, não há cuidado um com o outro. Por isso que a depressão e o pânico, ligados justamente à perda do aconchego e ao medo do futuro, são sintomas cada vez mais presentes", avalia. Pelos dados de 2005 da OMS, a depressão afeta 121 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, são 17 milhões. A gentileza, considera Acioli, é terapêutica. "Os casados se queixam de falta de gentileza entre si, os pais se queixam dos filhos, os mais novos dos mais velhos. Esse comportamento é uma violência. Uma palavra gentil diminui a dor e a ausência dela pode provocar a dor", argumenta.

Teste as suas atitudes
São perguntas sobre situações que você vive em casa, na rua e no trabalho. Muitas têm respostas óbvias neste papel. Mas, na prática, às vezes mudam de lado.
Responda e reflita: 1. Você está atrasado(a) para uma reunião e se depara com pessoas barrando a sua entrada no edifício em que o encontro será realizado.
Você:a) Afasta todos que estiverem à sua frente, afinal você já está atrasado
b) Passa calmamente pelas pessoas, sempre pedindo licença
c) Reclama para que as pessoas saiam do caminho
2. Você está em um ônibus lotado quando entra um idoso.
Você:a) Levanta-se imediatamente oferecendo o lugar
b) Finge não ter percebido a presença do idoso
c) Antes de ceder o lugar, aguarda para ver se outra pessoa irá se levantar
3. Aguardando para atravessar em uma extensa faixa de pedestre, há uma pessoa com deficiência visual.
Você:a) Coloca-se à disposição para auxiliar na travessia
b) Fica por perto para checar se ela precisa de ajuda
c) Não participa da situação
4. Você está atarefado(a) no trabalho e um colega telefona para "jogar conversa fora".
Você:a) Ao perceber que não é um assunto relevante, diz que está um pouco ocupado e convida-o para um happy hour na saída do trabalho
b) Responde laconicamente, mostrando desinteresse
c) Diz que não tem tempo para falar e desliga
5. Um pesquisador na rua solicita que você responda a algumas questões, mas você está sem tempo.
Você:a) Diz que não pode parar
b) Passa direto, sem nem olhar para o pesquisador c) Pede desculpas e diz ao pesquisador que no momento você está sem tempo
6. Você está em férias do seu trabalho e um colega telefona mais de uma vez para seu celular pedindo informações sobre suas tarefas.
Você:a) Atende os telefonemas e responde as dúvidas
b) Atende os telefonemas, mas responde de mau humor
c) Não atende
7. Você está saindo da garagem atrasado para o trabalho e uma idosa está prestes a atravessar à frente do seu carro.
Você:a) Espera pacientemente ela atravessar
b) Espera, mas vai acelerando e sai assim que possível
c) Sai antes que ela comece a atravessar
8. O elevador chega e você percebe que um vizinho está saindo do carro carregado de sacolas. Você:a) Chama o outro elevador para que chegue a tempo de pegar o vizinho e toma o seu elevador
b) Sobe
c) Aguarda-o e segura a porta para que ele entre
9. Você toma um táxi e o taxista começa a provocá-lo sobre política, com opiniões contrárias às suas.
Você:a) Começa a responder de qualquer jeito e acaba descendo irritado
b) Corta o assunto c) Procura ouvi-lo e eventualmente argumenta com calma e sutileza Gabarito
Quanto mais pontos, mais gentil você pode ser.1. a (0 ponto), b (5 pontos), c (3 pontos)
2. a (5 pontos), b (0 ponto), c (3 pontos)
3. a (5 pontos), b (3 pontos), c (0 ponto)
4. a (5 pontos), b (3 pontos), c (0 ponto)
5. a (3 pontos), b (0 ponto), c (5 pontos)
6. a (5 pontos), b (3 pontos), c (0 ponto)
7. a (5 pontos), b (3 pontos), c (0 ponto)
8. a (3 pontos), b (0 ponto), c (5 pontos)
9. a (0 ponto), b (3 pontos), c (5 pontos)
Elaboração: World Kindeness Movement e Associação Brasileira de Qualidade de Vida.

DIÁRIO DE PERNAMBUCO,VIDA URBANA,29/3/09

Ressurreição das torres gêmeas???????


Os edifícios interferem na antiga paisagem de casario dos séculos 18 e 19. População já está se acostumando com o novo cenário. Fotos: Alcione Ferreira/DP/D.A Press

Duas torres incorporadas à cidade
Elas podem ser vistas de vários pontos, inclusive de Olinda, e viraram mais um cartão-postal


Elas estão fincadas na beira do Rio Capibaribe, no Cais de Santa Rita, em meio a uma arquitetura tipicamente europeia dos séculos 18 e 19.
A construção das modernas torres gêmeas da Moura Dubeux, o Píer Duarte Coelho e o Píer Maurício de Nassau, na área histórica da cidade, provocou muita polêmica e foi parar na Justiça (ver quadro). Hoje, imperiosas com seus 41 andares e 134 metros de altura, podem ser vistas de diferentes pontos da cidade e até de Olinda. Assim como as antigas torres gêmeas do World Trade Center (541 metros de altura), em Nova Iorque, derrubadas por terroristas em setembro de 2001, e do Edifício Burj Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, hoje o mais alto do mundo (818 metros de altura), o empreendimento já se consolidou na paisagem recifense, passando a ser mais um cartão-postal. Nas ruas, a população se espanta, admira. Para os proprietários dos apartamentos, uma vista de fazer inveja. Um presente.

Da varanda da sua casa, em Brasília Teimosa, de frente para a bacia do Pina, o carpinteiro naval Josemir do Nascimento, 40 anos, costuma apreciar a paisagem que viu se modificar. "Eu gosto de observar as torres ao fundo. Não sei como vai ficar a paisagem se forem construídos muitos prédios assim. Daqui a gente ainda enxerga o porto", revelou. Do outro lado do rio, da sacada do seu apartamento no 25º andar, do Píer Duarte Coelho, o desembargador Aquino Farias também desfruta da sua bela e privilegiada vista panorâmica que se descortina no horizonte, seja para o mar, o rio ou o comércio do centro. "A visão deste empreendimento foi o que mais pesou na hora da escolha", disse Farias.

Projeto - As "torres gêmeas" locais também podem ser vistas do Alto da Sé, em Olinda. A altura dos prédios se destaca numa área que tradicionalmente tem gabarito baixo. "É uma visão maravilhosa de toda a área do Porto do Recife e no meio de tudo, as torres", afirmou a comerciante Ana Beatriz Silva, 45 anos. Para a pesquisadora do Departamento do Programa de Pós- Graduação em Desenvolvimento Urbano da UFPE, Virgínia Pontual,houve, no entanto, uma quebra na unidade padrão de ocupação. "A configuração urbanista relativa aos séculos 18 e 19 está perdida. O dano é irreversível", afirmou.

As duas torres são apenas o início de uma transformação na área, em função do projeto do Complexo Turístico Cultural Recife/Olinda, que se estenderá do Cais José Estelita até a área dos Coqueirais, em Olinda. A mesma construtora adquiriu em leilão a faixa do Cais Estelita voltada para o rio. "As torres anteciparam o projeto, confirmando o desejo do recifense de habitar o Recife Antigo. O bairro de São José era uma fronteira natural de urbanização, tanto pela estrutura disponível quanto por sua história, e sua dinamização é um sonho antigo", afirmou Marcos Dubeux. (Tânia Passos)

O passo a passo na Justiça

- Março de 2005 - Antes da obra, o Ministério Público Federal (MPF) moveu ação pública contra a Construtora Moura Dubeux, a Prefeitura do Recife e o Iphan

- Dezembro de 2007 - A Justiça Federal determina a demolição das torres

- Agosto de 2008 - O Tribunal Regional Federal (TRF), na 2ª instância, entendeu que os prédios estão fora do perímetro de tombamento e manteve licença

- Outubro de 2008 - O MPF entrou com dois recursos: um especial no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e um extraordinário no Supremo Tribunal Federal (STF), por entender que a construção numa área histórica fere o artigo 216 da Constituição, sobre a preservação do patrimônio. Os recursos não foram julgados

DIÁRIO DE PERNAMBUCO,VIDA URBANA,29/3/2009

A CASA DAS SETE MULHERES

Minha mais nova diversão é fazer vídeos brincando com amigos e familiares. Dessa vez brinquei comigo e minhas seis irmãs,kkkkkkkkk... como,infelizmente,não havia sete coelhinhos juntos,precisei separar as manas. Espero que todas gostem,kkkkkkkkk



terça-feira, 14 de abril de 2009

Um político afetivo e conciliador



“Perdi um amigo, cujo principal traço era o da conciliação”
(Deputado José Chaves ao lamentar, ontem, no velório, o desaparecimento do ex-deputado Carlos Wilson Campos)

Um político afetivo e conciliador


De todos os políticos que convivi nos últimos 25 anos de jornalismo nunca encontrei alguém tão afável, doce, conciliador, amigo e cativante, verdadeiro ladrão de afetos, como o deputado Carlos Wilson, que descansou, ontem, depois de mais de três anos lutando contra o câncer. Conheci Cali no início dos anos 80 como primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, mas só criei com ele uma relação mais próxima depois que foi eleito vice-governador na chapa de Miguel Arraes, em 1986. Quando algum estudante de Jornalismo ou mesmo qualquer curioso me perguntava qual o melhor político para se conviver, que suportava bordoadas sem perder os bons tratos nem o humor citava justamente Carlos Wilson. Além de ser uma boa fonte, ele sabia conviver com a crítica. Governador de Estado, ministro, presidente da Infraero, senador, qual fosse o cargo mais relevante, Cali era o mesmo, acessível e atencioso. Isso sem distinção, conforme atestei, ontem, no seu velório ao colher os mais diversos depoimentos sobre a sua personalidade. Nunca vi Carlos Wilson transbordar ódio. A imagem que guardarei dele para sempre será a de ternura.
LONGO SOFRIMENTO - Soube que o quadro do ex-deputado Carlos Wilson era muito grave, há três anos, pelo ex-presidente Collor, quando estive em seu gabinete, em Maceió, para uma longa entrevista sobre o quadro nacional. Durante a conversa, Collor quis saber se eu era amigo de Cali. E informou que ele estava com metástase. Foram, portanto, quase quatro anos de sofrimento, mas ele, incrivelmente, nunca se entregou.

Nem vida nem morte
Há 15 dias, o governador Eduardo Campos fez visita a Carlos Wilson no hospital Santa Joana e lá ouviu dele o desabafo que mais o comoveu: “A minha situação é muito ruim. Nem morro nem consigo viver”. O relato é do próprio governador.

Encontro de poucas palavras
O senador Jarbas Vasconcelos soube da morte de Carlos Wilson às três horas da madrugada quando recebeu um telefonema de um amigo em sua casa de praia, no Janga. Logo cedo, seguiu para o Palácio do Campo das Princesas e, na chegada, cumprimentou formalmente e secamente o governador e adversário Eduardo Campos. E ficou no local apenas 10 minutos.

Agiu rápido
Já o governador Eduardo Campos interrompeu seu descanso no feriadão na chácara do seu sogro, próxima a Moreno. Ele foi informado da morte do aliado por volta das 23 horas. Imediatamente mandou tomar todas as providências para fazer o velório no Palácio das Princesas.

Curtas
FIDALGUIA - Do empresário Eduardo Monteiro: “‘Carlos Wilson se foi muito cedo, deixará uma lacuna pelo seu jeito de fazer política sempre agregando, somando em favor do Brasil. O seu principal traço era a fidalguia, a solidariedade”.
UM PAI - Um dos políticos mais emocionados no velório de Cali era o seu ex-genro Eduardo da Fonte, que acompanhou de perto os seus últimos momentos: “Ele foi um pai que a vida me deu de presente”, dizia, sem conter as lágrimas.


Magno Martins

FOLHA DE PERNAMBUCO,FOLHA POLÍTICA

Recife,13/4/2009
NOTA DE BETE:PELO JEITO MINHA SIMPATIA "GRATUITA" POR ELE TINHA RAZÃO DE SER!SENTI MUITO SUA PARTIDA,A MORTE SEMPRE CAUSA DOR,TRISTEZA,SAUDADE,APESAR DE SER A ÚNICA COISA "CERTA" NESSA VIDA!BOM SERIA SE VIVÉSSEMOS PARA SEMPRE COM MUITA SAÚDE,PAZ,AMOR,FELICIDADE...