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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Um dó ou uma dó


A palavra dó é um substantivo masculino. Assim, dizer um dó está correto e dizer uma dó está errado. Devemos utilizar o substantivo masculino dó sempre que quisermos referir um sentimento de pena e compaixão que se sente por alguém, por alguma coisa ou por si mesmo, bem como um sentimento de grande tristeza, pesar e luto. Dó significa também a primeira nota musical da escala natural em modo maior.

A palavra dó, quando se referindo ao sentimento, tem sua origem na palavra em latim dolus. É sinônima de compaixão, compadecimento, comiseração, condoimento, consternação, piedade, entre outros.

Exemplos:

Tenho um grande dó das pessoas que passam fome.
Sinto um dó enorme quando ela está chorando.
Não tenho nenhum dó de você.
Uma dó é um erro que ocorre porque se associa, erradamente, a palavra dó às palavras pena, piedade, compaixão, lástima. Contudo, embora sejam palavras sinônimas, dó é um substantivo masculino e as restantes palavras são substantivos femininos.

Exemplos:

Sinto um grande dó.
Sinto uma grande compaixão.
Sinto uma grande piedade.
Fique sabendo mais!
Dó, se referindo a uma nota musical, também é um substantivo masculino. As notas musicais são dó, ré, mi, fá, sol, lá e si.

Exemplo:

O pianista tocou um dó sustenido.

duvidas.dicio.com.br

domingo, 25 de janeiro de 2015

Nova Ortografia - Acento do ditongo aberto é eliminado somente nas paroxítonas

Por Thaís Nicoleti

Usando uma expressão empregada pelo gramático Evanildo Bechara, a língua portuguesa acaba de receber uma nova "vestimenta gráfica", uniformizando-se em todos os países em que é o idioma oficial.

Uma das alterações que nós, brasileiros, vamos sentir bastante é a supressão do acento agudo nos ditongos abertos em sílaba tônica. Em nosso país, a pronúncia de termos como "heróico", "paranóico", "idéia" ou "assembléia" é marcadamente aberta, diferente, portanto, da pronúncia de termos como "arroio", "joio", "aldeia" ou "sereia".

De acordo com o novo sistema ortográfico, são eliminados os acentos dos ditongos abertos tônicos que se encontram na penúltima sílaba das palavras, ou seja, o acento desaparece apenas nas paroxítonas. Passamos, portanto, a escrever "heroico", "paranoico", "ideia" e "assembleia", todas sem acento.

Palavras oxítonas ("chapéu", "solidéu", "herói", "caubói", "corrói" etc.), bem como os monossílabos tônicos ("céu", "réu", "rói", "mói", "dói" etc.), terão os acentos preservados. É importante observar essa circunstância e ficar atento a seus desdobramentos: por exemplo, não há mais distinção gráfica entre o substantivo "apoio" (pronúncia fechada) e a forma verbal "apoio" ("eu apoio"), de pronúncia aberta no Brasil.

Os topônimos (nomes de lugares) também sofrem alteração. Escreveremos, portanto, Coreia, Jureia, Boraceia, Cananeia, Pompeia etc. "Ilhéus", entretanto, mantém o acento por ser oxítona. Com o tempo, virá o hábito.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Senão ou se não?

Senão ou se não... Qual devo usar?
Senão ou se não... Qual devo usar?
Veja:

Se não der para você vir, não tem problema.

Caso não dê para você vir, não tem problema.

As duas orações acima não têm o mesmo sentido?

Agora, observe:

O que é isso, senão uma briga?

O que é isso, caso não uma briga?

A substituição feita acima de “senão” por “caso não” foi insatisfatória, pois não ficou coerente, não tem sentido!

Logo, percebemos que “se não” e “senão” NÃO possuem o mesmo significado, uma vez que não podem ser substituídos pela mesma expressão.

Use “se não” (união da conjunção se + advérbio não) quando puder trocar por “caso não”, “quando não” ou quando a conjunção “se” for integrante e estiver introduzindo uma oração objetiva direta: Perguntei a ela se não queria dormir em minha casa.

Use “senão” quando puder substituir por “do contrário”, “de outro modo”, “caso contrário”, “porém”, “a não ser”, “mas sim”, “mas também”.

Veja alguns exemplos:

a) Você tem de comer toda a comida do prato, senão é desperdício. (de outro modo)
b) Se o clima estiver bom você vai, senão não vai. (do contrário)
c) Não lhe resta outra coisa senão pedir perdão. (a não ser)
d) Se não fosse o trânsito, não teria me atrasado. (caso não)
e) Não fui eu se não der certo. (caso não)
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Ao encontro de X De encontro a

As expressões “ao encontro de” e “de encontro a” são diariamente faladas em jornais, revistas, artigos, em conversas telefônicas, e-mails, dentre outros. Contudo, só não são mais utilizadas pelas dúvidas constantes que geram no indivíduo: qual está correta? como empregá-las? qual o significado dessas expressões?

Para não haver mais imprecisão no uso das locuções em questão, devemos nos ater aos seus significados, mesmo porque possuem sentidos contrários. Vejamos:

Ao encontro de: tem significado de “estar de acordo com”, “em direção a”, “favorável a”, “para junto de”.

Exemplos: Meu novo trabalho veio ao encontro do que desejava. (Meu novo trabalho está de acordo com o que desejava.)Vamos ao encontro de nossa turma. (Vamos para junto de nossa turma)Essa lei vem ao encontro dos interesses da população. (Essa lei vem a favor, em direção aos interesses da população)

De encontro a: tem significado de “contra”, “em oposição a”, “para chocar-se com”.

Exemplos: Esta questão está indo de encontro aos interesses da empresa. (Esta questão está indo contra os interesses da empresa).A decisão tomada foi de encontro às reivindicações do sindicato. (A decisão tomada foi oposta às reivindicações do sindicato).O jovem dirigiu bêbado e foi de encontro à árvore. (O jovem dirigiu bêbado e chocou-se com a árvore).

Como podemos perceber, “ao encontro de” tem significado de concordância, de acordo, enquanto que “de encontro a” exprime significado de discordância, de divergência.Logo, quando for usar as expressões abordadas acima, observe antes se o que vai ser dito tem sentido desarmônico ou harmônico.



Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

sábado, 4 de dezembro de 2010

Preconceito Linguístico na mídia



Na sociedade atual, só a mídia é capaz de nos fornecer um relatório rápido e completo dos acontecimentos que se produzem à nossa volta. Seu papel é obter a informação, triá-la, interpretá-la e em seguida fazê-la circular.

Ninguém possui conhecimento direto do conjunto do globo. Além de sua experiência pessoal, o que se sabe provém da escola, de conversas, mas, sobretudo da mídia. Para o homem comum, a maior parte das regiões, das pessoas, dos assuntos dos quais a mídia não fala, não existem.

Na sociedade de massa, o entretenimento é mais indispensável do que antigamente para diminuir as tensões que ameaçam levar à doença ou à loucura. Para a mídia, o usuário solicita, sobretudo um divertimento e esta função combina-se eficazmente com todas as outras.

As funções dos meios de comunicação em nosso mundo são indiscutivelmente importantes. E como lhes são frequentemente atribuídos poderes imensos, são acusados à direita e à esquerda, no Norte e no Sul, pelos poderosos e pelos humildes, pelos velhos e pelos jovens de todos os males da sociedade moderna.

De modo geral, admite-se que podem exercer forte influência, em longo prazo, se a mensagem for homogênea, e, sobretudo se eles forem num sentido segundo o qual os usuários querem ir.

Um dos meios de comunicação que mais se destaca é a televisão. Surgiu no Brasil, em 1959 e adaptou-se a algumas transformações sociais. Ver televisão é um costume que já está incorporado à vida de todos nós, seja para nos informar, através dos noticiários, seja para nos entreter, com filmes, desenhos, novelas, programas humorísticos, entre outros. Por esse motivo, nem sempre prestamos muita atenção nas várias ideias que ela também veicula: dita padrões de comportamento, lança modas e gírias, cria hábitos de consumo, molda a opinião pública, estabelece padrões morais e estéticos, transmite valores e crenças e reforça a ideia do preconceito linguístico.
Dos programas cujo objetivo é o entretenimento, os humorísticos merecem especial atenção. Por eles, os modelos de moral, de ética e de respeito são passados. A grande maioria dos programas exibidos pauta-se no clássico chavão de expor ao ridículo uma imagem estereotipada. Comportamento sexual, orientações sexuais, preconceito regional, linguístico, étnico, associação de classes menos favorecidas ou de categorias profissionais à ignorância, relação entre a velhice a impotência total, seja sexual seja de discernimento, são pontos de partida para a criação de supostos tipos sociais e a partir deles, a criação do que chamam de humor.

Segundo MARCONDES (2003): Esses são clichês explorados ao máximo, reafirmando preconceitos, ou de todos os preconceitos. O humor quase que totalmente limitado a bordões. Isso quando ele não explora a vida privada de uma pessoa pública.

No programa Zorra Total (da TV Globo) em especial o quadro da personagem GISLAINE chama atenção quanto ao modo de falar:
“... pobre fala: Eu vô na fera compra murangu i vô coloca na sacola di prásticu...”
“... pobre só tem pobrema: pobrema de duença, pobrema di dinhero. Então junta tudo e joga fora...”


Esse quadro humorístico, “Gislaine”, enfatiza o preconceito linguístico por meio do humor, incentiva a discriminação, não respeitando as diferenças, expondo ao ridículo o pobre e aquele que fala fora dos padrões da norma culta.

Conclui-se que o preconceito linguístico está presente na sociedade de forma implícita e natural. Este é aceito pela comunidade, que transita, sem perceber, pela tênue fronteira entre língua como mecanismo de identificação e língua como mecanismo de poder. A mídia tenta a todo custo incutir ideias a serem seguidas e não discutidas, vemos com clareza a exploração política e econômica, mas não enxergamos prontamente a dominação da língua.

Tratar de língua é uma questão política, já que também é tratar de seres humanos. Temos de fazer um grande esforço para não incorrer no erro milenar dos gramáticos tradicionalistas de estudar a língua como uma coisa morta, sem levar em consideração as pessoas vivas que as falam. A língua está sempre em mutação, em constante transformação, e a gramática normativa é a tentativa de descrever apenas uma parcela mais visível, a chamada norma culta. Essa descrição é claro tem seu valor e seus méritos, mas é parcial e não pode ser autoritariamente aplicada a todo o resto da língua.

É necessário analisar de modo crítico o que vemos e ouvimos, para que não sejamos manobrados, colaborando para reforçar o preconceito linguístico.
A questão é ensinar aos falantes da língua a valorizar, defender seu idioma enquanto instrumento de cultura. O ideal é ser “Um poliglota dentro de sua própria língua”, como afirma Bechara.

Adriana Braga é formada em Letras e pós-graduada em Linguística Aplicada à Língua Portuguesa.

sábado, 13 de novembro de 2010

FLIPORTO


Em seis anos dedicados ao debate da literatura, a Fliporto se consolida  como lugar da mediação e da convergência de discussões em torno de nossa construção cultural. É o espaço ideal para debater as novas configurações identitárias, a própria conformação do povo brasileiro e os grandes dilemas e conflitos contemporâneos.

O encontro - que esse ano deixa o balneário Porto de Galinhas para se intitular Festa Literária Internacional de Pernambuco – presta ainda uma justa homenagem à escritora Clarice Lispector. Além da mudança de nome, a Fliporto 2010 muda de residência coerentemente migrando para Olinda, emblemática como patrimônio histórico e cultural da humanidade. Sua marca se transfigura preservando a essência do ‘porto’, o espaço em que viajantes e nativos se misturam, trocando suas riquezas e misturando artefatos. É o maior porto literário do nosso vasto mar cultural que é o Nordeste.

Sob o tema Literatura e Presença Judaica no Mundo Ibero-americano, a sexta edição recebe entre os nobres ‘marinheiros’ os autores brasileiros Arnaldo Niskier e Moacyr Scliar. Entre os especialistas em Clarice Lispector estão os biógrafos Nádia Gotlib e o americano Benjamin Moser, esse último responsável por “Clarice,”, lançado em 2009. Além deles há os nomes de François Jullien, Marck Dery, Camille Paglia, Ricardo Piglia, Alberto Manguel, Richard Zimler, Ronaldo Vainfas, Contardo Calligaris, Ronaldo Wrobel, Adriana Armony e Guilherme Fiúza. Os pernambucanos José Luiz Mota Menezes e Luzilá Gonçalves também participam da festa.

Cinema, artes plásticas, música e tecnologia também encontram amplo debate na Fliporto 2010. Hoje, a Fliporto se impõe enquanto um evento dinâmico, que envolve toda a comunidade literária de Pernambuco e dos estados vizinhos, oferecendo uma intensa programação alinhada ao melhor de nossas letras.

Fonte: http://feiradolivrope.blogspot.com/p/fliporto.html

Pena que não estarei lá, em virtude de estar descansando em Maragogi, um paraíso de sol e mar. Gostaria imensamente de participar de tudo e de rever dois queridos professores com quem tive a honra de estudar na UFPE: Luzilá Gonçalves e Marcus Accioly, além de 'limpar a vista' com o lindo Evaristo Filho, que conheci criança, kkkkk! Aproveitem! "Saber não ocupa lugar"! Vamos ler, pessoal! Quem lê muito, não assassina nosso idioma, a 'língua de Camões', a 'última flor do Lácio', inculta e bela!!!


Bete Cavalcanti

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Português: domine já as novas regras

FOLHA DE PERNAMBUCO, 25/1/2009


O ano começou com um decreto em vigor: o do acordo ortográfico. Até 2012, haverá o convívio com a dupla ortografia. Mas a professora de Português do Núcleo de Concursos Especial (Nuce), Fabiana Ferreira, aconselha: estude as novas regras desde já. Confira a entrevista concedida pela especialista à Folha dos Concursos e se prepare para as provas que estão por vir.
PRISCILA DOS SANTOS

Qual o objetivo do acordo ortográfico?
Ele veio para suprir os interesses políticos das nações, com o intuito de aproximar as línguas. O pensamento é que, assim, haja a perpetuação do português por mais tempo. Até parece que língua é escrita. Até parece que gramática é língua. Gramática não é língua, é um aspecto dela. Ninguém vai unificá-la porque ela perpassa a linguagem também. Isso tem que ser analisado e não foi.
Na sua opinião, quais os lados positivos e negativos dessa reforma?
Se pensarmos na maneira de escrever e de falar, houve mais vantagens do que desvantagens. A eliminação de acentos supérfluos foi interessante, pois assim as pessoas vão escrever mais de acordo com a norma culta. Cito a retirada dos acentos diferenciais em para (preposição) e para (verbo), de pelo (verbo) e pelo (substantivo). O uso do circunflexo na terceira pessoa do plural nos verbos crer, dar, ler e ver não tinha justificativa gramatical, eram exceções que agora se adequaram à regra. Agora, o que eu acho terrível, e não vou me cansar de falar sobre isso, é a extinção do trema e do agudo no “qu” e “gu”. Por quê? Partindo do pressuposto que um mesmo encontro entre uma consoante e uma vogal - que é o “qu” e o “gu” diante das letras “e” e “i” -, forma três sons completamente diferentes, eu preciso ter um acento diferencial para distinguir os timbres entre esses elementos. É um problema gravíssimo, principalmente para as gerações futuras, para os estrangeiros que vêm ao Brasil e para as pessoas que precisam ler em público e fazem isso sem ensaiar.
É possível as provas de concursos abordarem a reforma ortográfica como assunto?
Possível é. Já ficou avisado que, depois do dia 1° de janeiro deste ano, iria haver a concomitância das duas normas. Então, depende do edital. O conteúdo programático do concurso para gestor público do Estado saiu no ano passado e trazia consigo um elemento-chave para a nossa compreensão sobre o acordo ortográfico. Ele disse que qualquer que seja o assunto a ser modificado em data posterior à publicação do edital não faria parte do corpo da prova. Ele já amarrou ali e teve que fazer isso porque a prova vai ser agora em fevereiro. A rigor, se o edital não traz isso, não há a garantia das regras novas não caírem. O concurso deve trazer isso de maneira explícita.
Qual a recomendação para os concurseiros?
É preciso estudar as duas regras durante esse período de transição, no qual é possível a coabitação delas no mesmo espaço gramatical. Pode ser que o edital opte pela regra antiga, pode ser que opte pela nova. Então, temos que estar preparados para as duas situações. Logicamente, os editais sempre são claros, mas eu não vou adivinhar o que no futuro ele vai querer de mim.
Como agir na prova discursiva?
Eu percebo que muitas pessoas começam a escrever de acordo com a regra nova, depois dão uma relaxada e voltam à regra antiga. Isso não pode acontecer. Se existe hoje a vigência da duas, você tem que fazer a opção. Não necessita ser explícita porque o revisor da sua prova tem que estar preparado para se deparar com as duas formas. O que ele não vai admitir é a mistura. Imagine se no início do seu texto, você escreve “vôo”, com acento. Então, esse revisor de prova discursiva vai entender, a partir da primeira palavra que você escreveu, sua opção pela regra antiga. Daqui a pouco, por um costume que você já tinha, escreve “frequencia”, sem trema. O corretor vai cortar as duas palavras porque você misturou. O meu conselho é: “começou com a regra nova, findou com a regra nova. Começou com a regra velha, findou com a regra velha”.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Meu novo banner



Queria mudar o banner do blog e resolvi usar imagens de escritores brasileiros, para representar melhor o estilo que escolhi. Existem muitos além desses mas todos não caberiam aqui. Após escolher alguns, lembrei que estudei com professores que escreviam e resolvi procurar fotos para homenagear essas figuras que me marcaram, que nunca esqueci... é possível que haja mais, até me lembrei de alguns mas não achei fotos. Deixo meu carinho e minha gratidão a esses mestres com quem tive o privilégio de estudar no curso de Letras da UFPE!São eles, pela ordem das fotos : Luzilá Gonçalves,César Leal, Nelly Carvalho, Marcus Aciolly, Irandé Antunes,Lucilo Varejão (filho) e Ariano Suassuna, um time de peso!
Sinto-me privilegiada por haver estudado com profissionais tão competentes quanto os citados acima e acrescento: Elvite Assunção, Inalda, Novelino, Raquel, Gilza, Paulene, Lucilo Varejão ( pai ) e a inesquecível Mirtha Magalhães!

domingo, 3 de agosto de 2008

ATENTEM PARA O TÍTULO DA MATÉRIA

FOLHA DE PERNAMBUCO - 30/7/2008

CRIME
MORTO AO SAIR DO TRABALHO

O Técnico Agrícola da Empresa Agronômica de Pernambuco, (IPA), Glécio Carneiro, de 24 anos, foi morto com três tiros na cabeça, por volta das 9h da segunda-feira. O crime aconteceu na Estação Experimental que a empresa mantém em São Bento do Una, no Agreste do Estado. Glécio trabalhava como auxiliar de pesquisa e estava com alguns estagiários, quando foi surpreendido por um homem encapuzado que efetuou os disparos.
Glécio foi encaminhado para um Hospital particular em Caruaru, onde foi submetido a uma cirurgia para remoção dos projéteis. Duas balas foram removidas, mas uma ficou alojada e os médicos preferiram não retirar. O estado de saúde é considerado estável. Ele está na UTI, em coma induzido, mas hoje pela manhã respondeu a estímulos. A família não quis se pronunciar sobre o caso e o gerente regional de Caruaru, Rui Souza, está prestando apoio à família.
Glécio foi aprovado no concurso do IPA em 2007 e começou a trabalhar no mesmo ano, lotado em São Bento do Una. Ele é recém-casado.
Investigação
O principal suspeito do crime é um ex-funcionário do escritório do IPA em São Bento do Una. O serviços gerais foi demitido pela empresa recentemente e jurou vingança. A polícia esteve na casa dele, mas a residência estava fechada. Ainda não há pistas do acusado.
Clarice Costa

Dois fatores principais na construção de um texto: coesão e coerência. Ao ler a matéria acima,publicada na Folha de Pernambuco,percebi uma incoerência entre o título,o começo e o meio da mesma.Se o rapaz foi morto,como está na Uti e responde a estímulos?Como leitora,fiquei sem saber o que pensar.Desejo que ele esteja vivo e se recupere rapidamente !Claro que todos estão sujeitos a erro mas um veículo de comunicação tem maior responsabilidade que as pessoas comuns,pois lida com grande público e até com pessoas que pensam que se está no jornal é porque está correto. Que a revisão do jornal seja mais cuidadosa em sua função e aceite minha crítica como construtiva!
Bete Meira

sábado, 2 de agosto de 2008

Redação de um ex-aluno

Recebi,por email,a redação de Abel Valentim,meu aluno na sétima série,hoje no segundo ano do Ensino Médio,aluno da professora Janaína.Semana passada ele me pediu opinião sobre sua redação.Achei excelente e pedi que a mandasse para ser publicada aqui.Tenho muito orgulhos dos meus alunos e ex-alunos que se interessam por leitura e se expressam tão bem.Julguem por si mesmos,a redação foi publicada na íntegra e sem nenhum ajuste.Parabéns,Abel! E pare de me chamar de alvirrosa,cheio de graça!

A INTERNET e seu idioma
Encontra-se hoje na internet uma variação linguística tão revolucionária(acho que este é o termo) que está num limite estreito entre extraordinária e absurda.Dotado de extrema ousadia e absolutamente desprovido de regras gramaticais, o novíssi-mo vocabulário parece à primeira vista,outro idioma.As abreviações são constantes. Pontuações e acentuações são raríssimas. Há palavras mistas de letras e números, palavras desfalcadas de vogais, maiúsculas e minúsculas intercalam-se num imenso carnaval.O INTERNETÊS é sucesso entre a maioria dos jovens, e é um terror para os mais conservadores. Estes afirmam que "tal variação é uma afronta à Gramática e serve de disfarce aos ignorantes". Aqueles argumentam que trata-se da "dinamizãção da linguagem na net".É...a grande rede sempre foi, entre outras coisas, causadora de várias polêmicas. Eu, que não costumo comprar briga, mesclo, quando navego, Português com Internetês, aproveitando o melhor de cada um. E não discuto com ninguém.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Dicas de pronúncia

Qual é a pronúncia?

circúito
circuíto
gratúito
gratuíto
É claro que os acentos nos exemplos acima não existem, tendo sido colocados apenas para enfatizar a pronúncia. E é justamente a forma de pronunciar determinadas palavras que muitas vezes nos deixa atordoados.
É normal que, quando nos ensinam que não é correto dizer "circuíto" e gratuíto", fiquemos com certa dúvida. Afinal, é muito comum ouvirmos essas palavras pronunciadas assim, com ênfase na letra "i".
Para os gramáticos, devemos sempre respeitar a pronúncia culta. Para respeitar essa pronúncia, lembre-se de uma dica muito simples: pronuncie as palavras acima seguindo o exemplo de "muito". Ninguém fala "muíto", não é mesmo?
E as palavras "fluido" e "fluído"? Nesse caso a história é outra porque as duas palavras existem e têm significados diferentes. "Fluido" é, por exemplo, a substância que utilizamos nos freios dos automóveis. E "fluído" é particípio do verbo "fluir".
fluido = substantivo (corpo líquido ou gasoso que adquire a forma do recipiente em que está)

fluído = particípio do verbo "fluir" (correr em abundância, manar)
Vamos à pronúncia de outra palavra. Observe o trecho da canção "Não serve pra mim", um antigo sucesso de Roberto Carlos regravado pelo grupo Ira:
... Não quero mais seu amor,

não pense que eu sou ruim.
Vou procurar outro alguém
você não serve pra mim...
O pessoal do Ira pronuncia a palavra "ruim" com ênfase no "i". E é isso mesmo. São duas sílabas: ru-im. E essas sílabas formam um hiato.
Portanto nunca chame uma coisa ruim de "rúim" porque nesse caso ela pode ficar pior!


Pronúncia correta"látex" ou "latéx"?

Algumas vezes até conhecemos a palavra, mas a empregamos de um determinado modo enquanto o dicionário recomenda outro uso. Vamos a mais um exemplo, o trecho final de uma propaganda feita pelo humorista Jô Soares:
Ninguém discute a liderança da tinta látex Suvinil.
No comercial, o apresentador diz "látex", e a pronúncia está correta, embora quase todos digam "latéx". E como "látex" lembra pintar paredes... e paredes lembram apartamento... pensamos logo em "dúplex" e também em "tríplex". A maioria das pessoas pronuncia "dupléx" e "tripléx".
Quem tem razão, afinal? Oficialmente, têm razão os dicionários. Eles ensinam que "quiçá" quer dizer "talvez" e que a pronúncia correta dos termos acima é "látex", dúplex" e "tríplex".


Sons do "x"

"Chato" é com "x" ou "ch"? Claro, é com "ch", essa todo mundo sabe. E "lixo"? Com "x", sem dúvida, todo mundo sabe disso também. Mas, nessas duas palavras, o "ch" e o "x" têm som de quê? De "x", oras. Afinal, o nome da letra é "xis". Assim, em "chato", as letras "c" e "h" é que, juntas, têm som de "x". Mas será que a letra "x" tem sempre som de "x"? Nem sempre. Vejamos alguns casos, como o de "máximo". Nessa palavra, o "x" tem som de "ss" (dois esses), como se tivesse sido escrita com "ss": "mássimo".
Agora observe este trecho da canção "Casa", gravada por Lulu Santos:
... Depois era um vício

uma intoxicação
me corroendo as veias
me arrasando pelo chão.
Mas sempre tinha a cama pronta
e rango no fogão...
O "x" de "intoxicação" deve ser pronunciado como se fosse um "c" e um "s" juntos. Ou, como no alfabeto fonético, um /k/ e um /s/ juntos, formando o encontro consonantal /ks/. A palavra "intoxicação" deve, portanto, ser pronunciada como "intoksicação".
Vamos a mais um exemplo, tomado à canção "Pense dance", gravada pelo Barão Vermelho:
Penso como vai minha vida

alimento todos os desejos
exorcizo as minhas fantasias
todo mundo tem um pouco de medo da vida...
Você notou o uso do verbo "exorcizar". É até uma palavra difícil de pronunciar. O "x" nessa palavra tem o mesmo som que nas palavras "exame" e "êxodo", por exemplo. Nesse caso, o "x" aparece com som de "z".
E há ainda mais um caso de som possível que a letra "x" pode indicar: em palavras como "excesso", em que o "x" é seguido de "c", o som é um só, como se fosse "ss" (dois esses). Ou seja, foneticamente, "x" e "c" juntos produzem um som só, são um "dígrafo".
Em suma, vimos cinco tipos de som que o "x" pode apontar:
lixo - som de "x"máximo - som de "ss"intoxicação - som de "ks"exorcizar - som de "z"excesso - som de "ss"


PASQUALE CIPRO NETO

DICAS DE PORTUGUÊS

"Se não" e "senão"
Qual é a forma correta: "se não" ou "senão"? Essa dúvida foi enviada, por e-mail, pela telespectadora Mirian Keller.
Para explicar isso, vamos observar um trecho da canção "Nos Lençóis desse Reggae", de Zélia Duncan:
Nos lençóis desse reggae passagem pra Marrakesh dono do impulso que empurra o coração e o coração, pra vida.Não me negue, só me reggae só me esfregue quando eu pedir e eu peço sim senão pode ferir o dia todo cinza que eu trouxe pra nós dois...
Esse "senão" que Zélia usou na letra deve ser escrito numa palavra só. Ele significa "do contrário" ou "caso contrário".
senão = do contrário / caso contrário
Exemplo:
Faça isso, senão haverá problemas.

Faça isso, do contrário haverá problemas.
Faça isso, caso contrário haverá problemas.

Já a combinação das palavras "se" e "não" tem outro significado. "Se" é uma conjunção condicional, isto é, uma conjunção que indica condição.
Se não chover, irei à sua casa.

Caso não chova, irei à sua casa.
Nesse caso, a dica é simples: substitua mentalmente o "se não" por "caso não". Se for o sentido desejado, escreva "se" e "não" separadamente.


Diferença entre "mal" e "mau"
Numa de suas provas, a FUVEST, que faz o vestibular da USP, Universidade de São Paulo, pediu aos alunos que escrevessem três frases com a palavra "mal". Mas era necessário usar os três valores gramaticais da palavra "mal". Todo mundo se lembra imediatamente de dois desses valores. "Mal" pode ser advérbio, como ocorre na frase:
Aquele jogador joga mal
em que "mal" designa o modo como alguém joga."Mal" também pode ser substantivo:
Nunca pratique o mal; pratique sempre o bem.
E o terceiro valor gramatical da palavra "mal"? É o de conjunção indicativa de tempo e equivalendo a "logo que", "assim que", "imediatamente depois que":
Assim que você saiu Logo que você saiu Mal você saiu, ela chegou
Esse "mal" se escreve com "l" e é conjunção. Outra dúvida em relação a essa palavrinha diz respeito a sua grafia. Isso ocorre porque também existe "mau", com "u". Para resolver essa questão, há uma dica muito útil: "mau" com "u" se opõe a "bom"; "mal" com "l" se opõe a "bem".
Fulano joga bem.

Fulano joga mal.
Fulano é bom jogador.

Fulano é mau jogador.
Caso você esqueça quem é o contrário de quem, coloque em ordem alfabética: "mal" vem antes de "mau" e "bem" vem antes de "bom".

Pronto: está resolvido o assunto.

"Televisão em cores" ou "televisão a cores"?
Qual a forma certa: "televisão em cores" ou "televisão a cores"? Essa pergunta é muito freqüente.
A televisão é em preto-e-branco.A televisão é em cores.
Isso é indiscutível. Há um ou outro autor que argumentam que "a cores" se impõe pelo uso. Se você não quiser gerar discussão, opte por televisão "em cores", forma absolutamente correta.
O filme é em preto-e-branco.

O filme é em italiano.
O filme é em preto-e-branco.
O filme é em cores.
Lembremos que, se fosse aceita a forma "a cores", jamais esse "a" poderia receber acento indicador de crase porque "cores" está no plural e, portanto, o "a" é tão-somente preposição, e não preposição acompanhada de artigo. Seja como for, a expressão considerada pela quase totalidade dos gramáticos é "televisão em cores".


Uso do "por que"
Vejamos um trecho da canção "Pedacinhos", de Guilherme Arantes:
Pra que tornar as coisas tão sombrias na hora de partir?Por que não se abrir?Se o que vale é o sentimento e não palavras quase sempre traiçoeiras e é bobeira se enganar.
Nessa canção, Arantes usa a frase "Por que não se abrir?". Esse "por que" é separadíssimo! Toda vez que for possível substituir o "por que" por "por qual razão" ou "por que razão", ele deve ser escrito separado:
por que não se abrirpor qual razão não se abrir
Observe este trecho da canção "Coisa Mais Linda", de Carlos Lyra:
... Coisa mais lindaé você assim justinho você - eu juro -eu não sei por que você não me quer mais...
"Eu não sei por que você não me quer mais" equivale a dizer "eu não sei por qual razão você não me quer mais". Sempre que a troca for possível, escreva "por que" separado.


"No telefone" ou "ao telefone"?
"Estar no telefone" ou "estar ao telefone": qual a forma correta? Na verdade, não há consenso em relação a isso.Por surpreendente que possa ser, um gramático tido como conservador, Napoleão Mendes de Almeida, defende a tese de que o correto é "estar no telefone", exatamente a forma consagrada no dia-a-dia no Brasil. Argumenta ele que seria galicismo, francesismo, dizer "ao telefone".Napoleão, de certa forma, é uma voz mais ou menos isolada. A maioria dos autores afirma que a preposição exigida é a preposição "a", pois esta indica proximidade. É o que ocorre em exemplos como os seguintes:
Falou ao telefone

Sentou-se à mesa
A construção "estar ao telefone" causa menos polêmica do que "estar no telefone". Ainda que o uso cotidiano seja inegavelmente "estar no telefone".


PASQUALE CIPRO NETO