domingo, 28 de março de 2010

A nossa esperança morreu mas ressuscitou!Jesus vive!



Aleluia!!!
ELE não está mais entre os mortos. Cristo VIVE. ELE Ressuscitou!!!

"Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
Como está escrito:Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,
Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor."
Romanos 8:35-39

quarta-feira, 17 de março de 2010

Mulher: 99% perfeita




Se uma memória restou das festinhas e reuniões de familiares da minha infância, foi a divisão sexual entre os convivas: mulheres de um lado,homens do outro.Não sei se isso, hoje, ainda ocorre.Sou antissocial a ponto de não frequentar qualquer evento com mais de 4 pessoas, o que me descredencia a emitir juízo.Mas era assim que a coisa rolava naqueles tempos.Tive uma infância feliz: sempre fui considerado esquisito, estranho e solitário, o que me permitia ficar quieto, observando a paisagem.Bom, rapidinho verifiquei que o apartheid sexual ia muito além das diferenças anatômicas: a fronteira era determinada pelos pontos de vista, atitude e prioridades. Explico: no córner masculino imperava o embate das comparações e disputas.Meu carro é mais potente, minha TV é mais moderna, meu salário é maior, a vista do meu apartamento é melhor, o meu time é mais forte, eu dou 3 por noite e outras cascatas típicas da macheza latina.
Já no córner oposto, respirava-se outro ar.As opiniões eram quase sempre ligadas ao sentir.
Falava-se de sentimentos, frustrações e recalques com uma falta de cerimônia que me deliciava.
Os maridos preferiam classificar aquele ti-ti-ti como fofoca.Discordo.Destas reminiscências infantis veio a minha total e irrestrita paixão pelas mulheres.Constatem, é fácil.Enquanto o homem vem ao mundo completamente cru, frequentando e levando bomba no bê-a-bá da vida, as mulheres já chegam na metade do segundo grau.Qualquer menina de 2 ou 3 anos já tem preocupações de ordem prática.Ela brinca de casinha e aprende a dar um pouco de ordem nas coisas.Ela pede uma bonequinha que chama de filha e da qual cuida, instintivamente, como qualquer mãe veterana.Ela fala em namoro mesmo sem ter uma ideia muito clara do que vem a ser isso.Em outras palavras, ela já chega sabendo.E o que não sabe, intui.Já com os homens a história é outra.Você já viu um menino dessa idade brincando de executivo?Já ouviu falar de algum moleque fingindo ir ao banco pagar as contas?Já presenciou um bando de meninos fingindo estar preocupados com a entrega da declaração do Imposto de Renda?Não, nunca viram e nem verão.Porque o homem nasce, vive e morre numa existência juvenil.O que varia ao longo da vida é o preço dos brinquedos!E aí reside a maior diferença: o que para as meninas é treino para a vida, para os meninos é fantasia, é competição, fuga.Falo sem o menor pudor.Sou assim.Todo homem é assim.Em relação ao relacionamento homem/mulher, sempre me considerei um privilegiado.Sempre consegui enxergar a beleza física feminina mesmo onde, segundo os critérios estéticos vigentes, ela inexistia.Porque toda mulher é linda.Se não no todo, pelo menos em algum detalhe.É só saber olhar.Todas têm sua graça.E embora contaminado pela irreversível herança genética que me faz idolatrar os ícones do cafajestismo, sempre me apaixonei perdidamente por todas as incautas que se aproximaram de mim.Incautas não por serem ingênuas, mas por acreditarem.Porque toda mulher acredita firmemente na possibilidade do homem ideal.E esse é o seu único defeito!

Luis Fernando Veríssimo

Gente fina


"Cada um faz o q bem entender com o próprio corpo. Comer com liberdade é um direito e ninguém tem q se sacrificar para atender a um padrão estético, mas q ser magro é melhor do que ser gordo, é. Pra saúde é melhor, pra se vestir, pra se locomover, pra dançar é melhor. Não quer dizer q um gordo não seja feliz. Geralmente, são felizes à beça, mais do que muito varapau. Mas se fosse possível escolher entre ser magro e ser gordo sem nenhum efeito colateral de felicidade ou infelicidade, sem nenhum esforço, só no abracadabra, todo mundo iria querer ser magro, assim como todo mundo preferiria se cristalizar entre os 30 e os 50 anos. Eu acho. A não ser q eu esteja louca, o q é uma hipótese a considerar.
Porém, melhor q tudo é ser gente fina. Finíssima. Isso nada tem a ver com a tendência atual de ser seca, de parecer um esqueleto ambulante. Gente fina é outra coisa. Gente fina é aquela q é tão especial que a gente nem percebe se é gorda, magra, velha, moça, loira, morena, alta ou baixa. Ela é gente fina, ou seja, está acima de qualquer classificação. Todos a querem por perto. Tem um astral leve, mas sabe aprofundar as questões quando necessário. É simpática, mas não bobalhona. É uma pessoa direita, mas não escravizada pelos certos e errados: sabe transgredir sem agredir. Gente fina é aquela q é generosa, mas não banana. Te ajuda, mas permite q você cresça sozinho. Gente fina diz mais sim do q não, e faz isso naturalmente, não é para agradar. Gente fina se sente confortável em qualquer ambiente: num boteco de beira de estrada e num castelo no interior da Escócia. Gente fina não julga ninguém, tem opinião, apenas. "Um novo começo de era, com gente fina, elegante e sincera." O que mais se pode querer? Gente fina não esnoba, não humilha, não trapaceia, não compete e, como o próprio nome diz, não engrossa. Não veio ao mundo pra colocar areia no projeto dos outros. Ela não pesa, mesmo sendo gorda, e não é leviana, mesmo sendo magra. Gente fina é q tinha q virar tendência. Porque colocando na balança, é quem faz a diferença.

Martha Medeiros

segunda-feira, 15 de março de 2010

sexta-feira, 5 de março de 2010

Papel presente



Discordo quando escuto a afirmação, em tom melancólico, de que o casal se separou porque a paixão virou amizade. Confesso que sinto inveja desse casal. Ruim é quando a paixão termina em nada. Nem carvão, nem cinzas, coisa alguma. Nenhuma carícia que restaure a confiança. Nenhuma lembrança de ternura. A amizade é uma paixão recatada, o pudor de não ofender com palavras incertas. Uma paixão abençoada debaixo de quadros, meticulosamente escolhidos, pregados com esmero para abaixar os telhados. É motivo de pena a paixão que não se transforma, que não deixa o quarto para a sala, que permanece um acordo sexual de provocações, que não se dobra sequer um momento para dormir defeitos. Uma paixão só virtudes e encontros esporádicos. Uma paixão apenas com o lado bom, servil, sem personalidade. Uma paixão enquanto satisfação da hora.
A amizade é amor, podem discordar, não acreditarei. Sinceramente me emociono ao testemunhar um casal de velhinhos, andando com a plumagem das roupas, devagarinho, cuidadoso para não acelerar o passo, cuidadoso com as dores, cuidadoso com os hábitos, capaz de discordar do mundo para proteger a memória. Quantas angústias, quantas vezes ambos cederam para permanecer juntos, quantas juras fizeram e renovaram no leito, quantas telas de abajur colaram no rosto um do outro, de repente pela noite, para acalmar o medo? E não se enjoaram e não se enojaram da intimidade. Não fugiram do compromisso de se entenderem até o fim, do pacto de abrir a janela como quem busca manteiga na geladeira.
É possível enxergá-los em silêncio durante uma manhã inteira, cada qual fazendo as suas coisas. E que silêncio! Um silêncio de compreensão que não se encontra em nenhuma igreja. Um silêncio de horta, não de túmulo. Um silêncio espesso de cristal, não de vidro. Eles não praguejam o tempo, sábios e serenos. Porque o tempo não torna os casais apagados - isso é um engano. O tempo não mata a relação - isso é um engano. O tempo não amortece a guarda - isso é um engano. O tempo enobrece a aparência, dignifica os degraus. Escurece o papel em pedra e aclara a pedra em tesoura. Um casal de velhinhos é o amor mais ofensivo que posso descobrir na vida. Suas gavetas são forradas de papel-presente.

Fabrício Carpinejar