terça-feira, 17 de maio de 2011

Ingratidão de um filho

A ficção retrata muito da realidade. Hoje, tomando café, prestei atenção na conversa entre mãe e filho, personagens da novela global das sete. Trabalho à noite e não vejo novelas, mas estou de licença para cuidar de meu filho, então estou vendo, mesmo sem prestar muita atenção. O que me chamou atenção foi o desgosto daquela mãe, ouvindo seu filho dizer que tem vergonha dela, por ser pobre. Entendi que o rapaz leva uma vida de aparência, gosta de uma moça simples mas quer casar com outra que é rica. A mãe, pobre, batalhadora, deu conselhos, disse verdades simples, disse que ele iria construir uma vida de fantasia e mentira casando por interesse. Mas o olhar dele me disse que nada o fará desistir. Sei que isso é ficção, mas a vida real está repleta desse tipo de situação. Quantos filhos renegam os pais, com vergonha da pobreza? Quantos filhos somem no mundo, constroem uma vida melhor e apagam de suas vidas aqueles que batalharam muito para lhes dar uma base sólida em que se firmassem para seguir seu caminho? Que dor para uma mãe, ver o fruto do seu ventre se desviar para o caminho da frieza espiritual, da valorização do ter em lugar do ser... Mas depois que cresce o filho sai das asas da mãe e segue o seu caminho da forma que bem entende. Resta confiar que o bem que foi plantado em sua vida prevaleça diante das escolhas que o mundo lhe apresenta.

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