sexta-feira, 20 de maio de 2011

Alunos de escola pública respeitam os trabalhos alheios?

Lecionando há quase 23 anos em escola pública, constato uma triste realidade: muitos alunos não respeitam as produções dos colegas. No começo, empolgada, espalhava produções de meus alunos pela sala e, às vezes, pela escola. Na grande maioria das vezes, perda de tempo e decepção certa no dia seguinte. Vândalos, disfarçados de alunos, arrancavam tudo. Mas tem professor que parece que nunca ensinou em escola pública e 'se espanta' com essas coisas, chegando ao cúmulo do absurdo de acusar colegas de trabalho desse ato subterrâneo. Com o tempo, desisti de vez. Sendo estatutária, efetiva, tendo como patrão o Estado e a Prefeitura, nunca fui capacho de ninguém nem obrigada a me submeter a caprichos de burocratas que só fazem criar projetos e exigir o que querem do professor. Graças a Deus, sempre tive autonomia de 'mandar' na minha sala e fazer o que achava melhor para que meus alunos aprendessem e participassem das aulas. Esse é um grande diferencial entre efetivos e contratados. Alguns contratados se destacam, como a professora Sabira, formada em Letras, competente, fala e escreve de acordo com a chamada norma de prestígio e transmite isso aos seus alunos. Quando tem dúvida, pois é humana, procura alguém que julga mais experiente e/ou consulta livros e gramáticas. Comportamento impecável no local de trabalho, respeitando os colegas e os alunos, dando sempre o melhor de si e excedendo suas obrigações. Infelizmente, o tempo de contrato terminou e os alunos perderam uma professora séria, comprometida, eficiente, inteligente, competente na sua área, fala e escrita correta, amorosa, pacifista, justa, grata, compreensiva, amiga de verdade. Enquanto isso, gente incompetente, descomprometida, vulgar, rancorosa, ignorante, dissimulada, intrigante, caluniadora, fraca de feições e de inteligência, continua renovando contratos, disseminando erros crassos, atentando contra a língua portuguesa, sem dó nem piedade, prejudicando os pobres alunos, tão carentes de se apropriar da língua de prestígio para ter maiores chances no mercado de trabalho. Ética, moral e eficiência precisam estar presentes na avaliação dos 'títulos' que permitem a essa gentinha entrar pela janela no serviço público, baixando ainda mais o nível, que já não é dos melhores, e sujando a imagem de professores, educadores de verdade. Com a palavra a Fundação Roberto Marinho e a Secretaria de Educação!!!

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