quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Mananciais no deserto- Lettie B. Cowman

3 de fevereiro

E logo o Espírito o impeliu para o deserto. (Mc 1.12.)
Dir-se-ia uma prova um tanto estranha do favor divino. "Logo." Logo, depois do quê? Depois dos céus abertos, da descida do Espírito como pomba, da voz de bênção do Pai: "Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo." Não, não é uma experiência fora do normal. Eu também já passei por isso. Sempre depois de alcançar o ápice é que vêm os momentos de maior depressão. Ainda ontem eu me encontrava lá nas alturas e cantava no esplendor da manhã; hoje estou abatido e meu canto emudeceu. Ao meio-dia eu me aquecia com o calor da presença divina; ao entardecer estou no deserto, dizendo: "O meu caminho está encoberto ao Senhor".
Mas será que reparamos no conforto daquela palavra "logo"? Por que vem ela imediatamente após a bênção? Exatamente para mostrar que se trata de uma experiência que se segue à bênção. Deus resplandece sobre nós, para nos preparar para os lugares desertos da vida — para os seus Getsêmanis, os seus Calvários. Ele nos levanta, para nos dar forças a fim de irmos mais ao fundo; Ele nos ilumina, a fim de poder nos enviar dentro da noite, a fim de fazer de nós um amparo aos desamparados.
Nem sempre estamos prontos para o deserto; Só estamos preparados, após a experiência do Jordão. Nada a não ser a visão do Filho pode preparar-nos para o peso que o Espírito colocará em nosso coração; só a glória do batismo poderá fazer-nos suportar a fome no deserto. — George Matheson
Depois da bênção vem a batalha.
O tempo de prova que marca e enriquece poderosamente a vida espiritual de uma pessoa não é um tempo qualquer, mas um período em que o próprio inferno parece estar solto, um período em que percebemos que somos levados a uma armadilha, em que sabemos que Deus está permitindo estarmos à mercê de Satanás. Mas é um período que sempre termina em triunfo certo para os que entregaram a Ele, o Senhor, a guarda de sua alma; é um período que nos torna muito úteis nas mãos do Senhor. —Aphra White


Nenhum comentário: