quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O Tempo...

Adormecida em seu féretro lúgubre
Ela não padece porque seu sono
É velado pela noite obscura.
Seu tempo sob o mundo está se esvaindo como o pulsar de um coração enfermo!
O desalento tomou conta de sua alma
Porque encontra-se perdida e sem rumo
Através dos séculos e séculos...
Seu tempo sob o mundo está se esvaindo como o pulsar de um coração enfermo!
Seus olhos estão cristalizados
Pelas lágrimas de sangue que vertem
Quando o sol aparece no horizonte.
Seu tempo sob o mundo está se esvaindo como o pulsar de um coração enfermo!
Seu coração permanece dilacerado
Pelos punhais vis que o machucam
Tornando-o clausurado e indecifrável.
Seu tempo sob o mundo está se esvaindo como o pulsar de um coração enfermo!
Seu corpo está frio e pálido
Pelos ventos que sopram fortemente
Fazendo-o desfalecer lentamente.
Seu tempo sob o mundo está se esvaindo como o pulsar de um coração enfermo!
Sua alma negra clama por compaixão
Para que ela obtenha o acalento
Mesmo que momentâneo...
Seu tempo sob o mundo está se esvaindo como o pulsar de um coração enfermo!
No entanto, as rosas brancas exalam seu perfume
Que podem ser sentidos por toda a necrópole
Sussurrando que ela adormece sozinha em seu mausoléu.
Seu tempo sob o mundo está se esvaindo como o pulsar de um coração enfermo!

Morticia da noite

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