terça-feira, 4 de maio de 2010

Eu e a tristeza não combinamos




Tristeza me desculpe, saudade me perdoe,
mas a minha ansiedade não resiste à beleza
da vida, e eu quero amar, quero sair, quero
viajar, não suporto a angústia e, para mim,
a solidão tem cheiro de naftalina.
Não adianta, eu e a tristeza não combinamos,
ela prefere o isolamento, eu adoro os amigos,
ela quer o choro, eu prefiro rir, rio até de mim,
em tudo ela vê tragédia, eu, oportunidades,
ela quer a prisão, e eu a liberdade,
ela ouve músicas que trazem lembranças,
eu canto a esperança...
A tristeza pega sempre de surpresa,
quem ainda não entendeu a fórmula do amor:
se amamos apenas o que pensamos possuir,
isso não é amor, é egoísmo; se amamos excessivamente os bens que conquistamos,
isso não é amor, é avareza;
se amamos o que os outros possuem,
isso não é amor, é inveja; se amamos e
insistimos em fazer alguém feliz,
sem esquecer da própria felicidade,
descobrimos finalmente que o amor é um
dar-se sem fim, é um querer além do querer-se,
um encontro com a própria alma,
que suspira apaixonada pela presença de outra alma, almas que se encontram na caminhada,
na longa estrada, que insistimos em chamar...
DE VIDA!

Paulo Roberto Gaefke.

Um comentário:

ED CAVALCANTE disse...

Já dizia Cazuza: "Viver é bom nas curvas da estrada, solião? Que nada!

Ou Alceu: "A solidão é fera, a solidão devora, é amiga da hora prima-irmã do tempo e faz nosos relógios caminharem lentos, causando descompasso no meu coração, solidão!"

Concordo com os dois e com vc também! kkkkkkkk